Com um histórico de shows memoráveis, o Guns N’ Roses não tem muito do que se orgulhar de sua apresentação no Rock in Rio, que terminou na madrugada da sexta-feira, 8, pelo quarto dia de festival na capital fluminense. A banda até que não atrasou tanto – o que são 5 minutos se comparados às cerca de 2h40 no Rock in Rio de 2011.

Para piorar, o som estava abafado, o que não ajudava para um show de quase três horas. E ainda não foi permitido que a imprensa fotografasse a apresentação.

Foi um momento delicado, pois a banda demonstrou que, embora esteja tocando bem (o público se envolveu com a apresentação de hits como It’s So Easy, Welcome to the Jungle, Don’t Cry, Rocket Queen e Sweet Child O’ Mine), a apresentação de canções mais recentes ainda não é capaz de empolgar.

Com isso, a reação da plateia era fria, sem os tracionais gritos e pulos. Pior: muitas pessoas foram embora antes de o show acabar.

Não faltaram homenagens à rainha Elizabeth II, que morreu na manhã da quinta: o vocalista Axl Rose vestiu uma camisa e ainda usou uma cartola com a bandeira do Reino Unido no momento em que cantou Knockin’ on Heaven’s Door.

Mas, se os solos do guitarrista Slash continuam imbatíveis, Axl reforçou a tese de que deveria se aposentar: outrora destaque do grupo, ele hoje canta com voz estridente, beirando a desafinação. Ou seja, suas grandes qualidade, animação e talento musical, estiveram totalmente ausentes do palco.

Foi a quinta apresentação do Guns em um Rock in Rio, mas, depois desta noite, é de se questionar se valerá esperar por uma sexta.