O ex-primeiro-ministro japonês Shinzo Abe morreu aos 67 anos após ser baleado e sofrer uma parada cardiorrespiratória. Nas primeiras horas desta sexta-feira, durante discurso na cidade de Nara, Abe foi atingido por pelo menos dois tiros. O suspeito do ataque foi preso e a arma do crime foi apreendida, de acordo com a polícia local.

Após o ataque, Shinzo Abe foi levado para um hospital na cidade de Nara, no oeste do Japão. As primeiras imagens divulgadas por agências de notícias, e que circulavam nas redes sociais, mostravam o ex-premiê ensanguentado. Segundo a NHK, apesar dos esforços médicos, ele não respirava e sequer tinha batimentos cardíacos ao dar entrada na unidade de saúde.

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“Shinzo Abe foi transportado para o hospital às 12h20 [horário local]. Ele estava com uma parada cardíaca no momento da chegada. Ressuscitação foi praticada, mas, infelizmente, ele morreu às 17h03”, disse Hidetada Fukushima, do Hospital Universitário de Nara.

Abe ocupou o cargo de primeiro-ministro do Japão entre 26 de dezembro de 2012 até 16 de setembro de 2020, quando renunciou por problemas de saúde. Na época, o político alegou que o ressurgimento de uma colite ulcerosa encerraria sua passagem pelo governo japonês de forma prematura.

Shinzo Abe nasceu em 21 de setembro de 1954, em Tóquio, capital do Japão. Ele estudou Ciência Política na Universidade Seikei. De perfil conservador, foi eleito pela província de Yamaguchi em 1993, entrou na Câmara dos Representantes. Anos depois, foi Secretário-Geral do Gabinete do Primeiro-Ministro.

O político atingiu o posto de premiê japonês pela primeira vez em setembro de 2006, até setembro de 2007. Com o governo envolto em escândalos de corrupção e diversas saídas polêmicas, Abe renunciou ao cargo por não contar com forte apoio da população e por não conseguir suporte para decisões políticas.

Em 212, o Partido Liberal Democrata mais uma vezes elegeu a maioria da Câmara e, com isso, Abe foi reconduzido ao posto de primeiro-ministro. Ocupou o posto por três mandatos seguidos até que, em 2020, anunciou a saída do cargo por problemas de saúde. Sua saída oficial foi em 16 de setembro.


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