A presidente do México, Claudia Sheinbaum, negou nesta sexta-feira (12) que esteja aplicando medidas coercitivas contra a China ou a outros países contra os quais planeja elevar tarifas até níveis de 50%.
O governo chinês afirmou nesta quinta-feira que “se opõe firmemente a qualquer coerção de outros” países para restringir suas exportações, após o anúncio da iniciativa de lei apresentada por Sheinbaum ao Congresso mexicano.
“Não são medidas de coerção e não são contra a China (…), não são medidas contra um país” em particular, disse Sheinbaum em sua habitual coletiva de imprensa, ao mesmo tempo que anunciou conversações com Pequim na próxima semana.
O projeto aponta para países com os quais o México não tem acordos de livre comércio e será debatido pela maioria oficialista em meio às pressões tarifárias dos Estados Unidos, destino de 80% das exportações mexicanas.
A proposta inclui bens de cerca de vinte setores.
“O objetivo é fortalecer a produção nacional”, acrescentou a mandatária, que impulsiona um plano de substituição de importações no âmbito das tensões comerciais com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
Sheinbaum reiterou que o aumento não está relacionado com as políticas protecionistas de Trump e descartou um impacto econômico por possíveis represálias de países asiáticos.
“Exportamos muito pouco para esses países”, sustentou a presidente, que destacou que o México quer “continuar tendo uma relação muito boa” com a China.
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