A presidente do México, Claudia Sheinbaum, descartou, nesta sexta-feira (8), a invasão dos Estados Unidos ao território mexicano, após reportagens segundo as quais Donald Trump ordenou o uso do exército contra os cartéis de drogas.
O jornal The New York Times informou que, nesta sexta, Trump firmou secretamente uma ordem que autoriza o Departamento de Defesa a empregar força militar contra cartéis latino-americanos que sua administração chamou de organizações terroristas.
Por sua parte, o jornal The Wall Street Journal disse que o presidente americano pediu opções ao Departamento de Defesa que incluiriam o uso de forças especiais ou apoio de inteligência, e que qualquer ação seria coordenada com as autoridades de outros países.
“Fomos informados de que essa ordem executiva estava a caminho e que não tinha nada a ver com a participação de nenhum militar ou instituição em nosso território”, declarou Sheinbaum em sua habitual coletiva de imprensa matinal.
Sheinbaum acrescentou que seu governo coopera com os Estados Unidos para enfrentar o problema do narcotráfico.
“Os Estados Unidos não virão ao México com as forças armadas; cooperamos, colaboramos, mas não haverá invasão, isso está descartado, absolutamente descartado e, além disso, já manifestamos isso em todas as chamadas: isso não é permitido, nem faz parte de nenhum acordo”, disse a governante.
A presidente garantiu que as agências dos Estados Unidos que têm presença no México” são muito regulamentadas”.
A AFP entrou em contato com o Pentágono para confirmar a ordem, mas não obteve resposta.
O governo Trump ameaçou várias vezes o México com tarifas, acusando o país de permitir a entrada de drogas, em particular o letal fentanil, e de migrantes indocumentados em seu território.
Em uma ligação com Sheinbaum, Trump chegou a propor diretamente a entrada do exército de seu país no México para combater os cartéis, o que a presidente recusou.
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