Agora é para valer. A partir dessa semana, no Brasil, nas conversas sobre futebol se ouvirá falar muito do sheik dos Emirados Árabes Unidos, Mansour Bin Zayed Al Nahyan. O estado da Bahia, uma ou outra vez, quem sabe o verá pessoalmente por aqui. Motivo: dono de uma fortuna de R$ 126 bilhões, ele acaba de concluir definitivamente a compra do Esporte Clube Bahia, um dos mais tradicionais do País – os primeiros lances da transação, que já o faziam quase soberano, tiveram início em 2023. Sim, o time do Bahia agora é de fato do sheik, que somente em 2024 investirá no clube R$ 320 milhões — o seu plano é colocar em quinze anos R$ 1 bilhão. O Bahia, batalhador e que jamais pensara nisso, está exultante. A compra faz parte da estratégia de diversificação e crescimento do Grupo City, do qual o sheik Mansour é líder. O grupo controla as equipes do Manchester City, New York City, Girona e Montevideo City. A aquisição do Bahia traduz também o comportamento excêntrico de Mansour, que já possui 5% de participação na marca Ferrari. É proprietário de um iate de 127 metros de comprimento, com dois helipontos, três piscinas e academia. Novos craques, tudo leva a crer, desembarcarão no Brasil.

Sheik dos Emirados Árabes conclui a compra do time do Bahia
Iate: 160 metros de comprimento com dois helipontos (Crédito:Divulgação )

SAÚDE PÚBLICA
Vícios precoces demais. Vícios perigosos demais

Sheik dos Emirados Árabes conclui a compra do time do Bahia
(Divulgação)

Relatório do Escritório Europeu da Organização Mundial da Saúde concluído em sua totalidade na semana passada: já alcançou o “nível alarmante” o descontrolado consumo de bebidas alcoólicas e cigarros eletrônicos entre adolescentes – o estudo propugna por medidas urgentes na área da saúde pública que inibam o uso de tais substâncias nocivas ao organismo humano. O relatório abrange informações sobre aproximadamente duzentos e oitenta mil jovens, envolvendo cinquenta e três países. “O uso generalizado de substâncias nocivas entre crianças e adolescentes, em diversas nações da região européia, e além, significa uma grave ameaça à saúde pública”, declarou Hans Kluge, diretor regional da OMS. O estudo da entidade aborda, sobretudo, a faixa etária de 11 a 15 anos de idade. A substância mais utilizada por jovens é o álcool. Segundo a OMS, o índice de adolescentes que já ingeriu bebidas alcoólicas, pelo menos uma vez, é de 57%. Mais grave: 1 a cada grupo de dez adolescentes já se embriagou. Nesse universo, 20% possuem 15 anos de idade e 5% têm 13 anos.

EUA
Caso Trump: além da ex-atriz, surge o ex-advogado

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O ex-advogado Cohen: admissão de culpa (Crédito:Yuki Iwamura)

Michael Cohen é ex-advogado de Donald Trump. É também a mais importante testemunha no julgamento criminal do ex-presidente – Trump é acusado de ter comprado o silêncio de uma ex-atriz pornô com quem fez sexo e, posteriormente, passou a temer que isso o prejudicasse em sua primeira campanha à Casa Branca. Na semana passada, Cohen admitiu aos jurados que o então candidato à Presidência dos EUA pediu para que ele fizesse o pagamento. O país já teve quarenta e cinco presidentes (Joe Biden é o quadragésimo sexto), mas essa é a primeira vez que um ex-mandatário é processado criminalmente. “Impeça isso de se tornar público”, assim Trump teria dito a Cohen em referência à ex-atriz Stormy Daniels. Na verdade, ele achou que de fato o seu advogado havia resolvido a situação, coisa que não acontecera, tanto que sua ligação com Stormy acabou vazando à imprensa e ficou sendo de conhecimento público. Segundo Cohen, Trump lhe dissera: “Se eu ganhar, aí não terá relevância porque eu serei presidente. E se eu perder, realmente não vou me incomodar mais com isso”. Diversos analistas afirmaram que o depoimento de Cohen foi bastante contundente e, em decorrência, muito prejudicial à imagem de Trump que tenta a reeleição – nas pesquisas de intenção de voto ele segue à frente de Joe Biden, desgastado com os episódios da invasão da Ucrânia pela Rússia e do conflito entre Hamas e Israel. É inegável que Cohen sabe muitos segredos relativos a Trump. O ex-advogado se declarou culpado das acusações federais que lhes são feitas relativas sobre o pagamento à Stormy e admitiu, também, que mentiu quando prestou o seu primeiro depoimento ao Congresso. Trump mantém-se na mesma linha de defesa: diz-se vítima do “corrompido sistema de Justiça” norte-americano.

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A atriz Daniels: ela levou, pela primeira vez, um ex-presidente à Justiça criminal norte-americana (Crédito:Michael M. Santiago)
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Donald Trump: “O sistema é corrompido” (Crédito:Getty Images via AFP)