O Shakhtar Donetsk, que no domingo acertou a venda do atacante Mykhailo Mudryk para o Chelsea por US$ 75 milhões, anunciou nesta segunda-feira que doará US$ 25 milhões para ajudar os soldados ucranianos que lutam contra a invasão russa.

“Destinarei US$ 25 milhões para ajudar nossos soldados, suas famílias e aqueles que nos defendem”, informou em comunicado o presidente do Shakhtar, Rinat Akhmetov.

“O dinheiro será utilizado para diferentes fins: assistência médica, próteses e apoio psicológico”, acrescenta a nota.

A ajuda será destinada ao projeto conhecido como ‘Coração de Azovstal’, desenvolvido especificamente para ajudar os defensores da cidade portuária de Mariupol (sudeste) e as famílias do soldados que morreram após terem se entrincheirado na grande siderúrgica de Azovstal, em frente ao mar de Azov. Os sobreviventes saíram em meados de maio, após três meses de intensos combates.

“Seus atos de coragem não têm precedentes na história moderna. Seu sacrifício e bravura ajudaram a conter o inimigo nos primeiros meses da guerra e nos permitiram perceber que a vitória final da Ucrânia era inevitável”, acrescentou o dirigente.

No domingo, o atacante ucraniano Mykhailo Mudryk assinou um contrato de oito temporadas e meia com o Chelsea, que pagará até 100 milhões de euros (US$ 108 milhões), incluindo variáveis, para ter o jogador de 22 nos.

“Os clubes chegaram a um acordo sobre os detalhes da contratação: O Shakhtar receberá 70 milhões de euros pelo jogador e 30 milhões de euros estão comprometidos em bônus”, explicou o clube ucraniano em seu site.

“Se hoje podemos falar de futebol ucraniano é graças ao nosso exército, ao nosso povo e ao incrível apoio do mundo civilizado. Somente unindo nossos esforços eliminaremos o mal que invadiu nossa casa”, acrescentou nesta segunda-feira Akhmetov, nascido em Donetsk, que comprou o Shakhtar em 1996.

O empresário se comprometeu a organizar um jogo amistoso contra o Chelsea quando a cidade recuperar completamente sua soberania.

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