De que maldades uma mulher oprimida é capaz? Foi a pergunta retórica que fez o escritor russo Nikolai Leskov ( 1831-1895) para criar a novela “Lady Macbeth do distrito de Mtzensk”, de 1865. Obviamente, uma jovem, bela e tratada como escrava como Catierina Lvovna pode matar, destruir e profanar tudo o que é mais sagrado — à maneira da Lady Macbeth de Shakespeare. Eis aí a premissa do longa-metragem britânico “Lady Macbeth”, dirigido por William Oldroyd, uma adaptação da obra de Leskov, transposta para a Inglaterra rural dos anos 1860.

O filme apresenta um coquetel de detalhes escabrosos que convertem uma moça simples em uma assassina sem coração. Katherine (Florence Pugh) é vendida a um dono de terras para casar com o filho. Humilhada e aprisionada, não demora tornar-se amante do capataz da propriedade. Ao longo de 89 minutos, o longa mantém um clima de suspense, sexo e opressão para uma fotografia e figurinos deslumbrantes. O desempenho poderoso de Florence Pugh torna o filme um clássico da crueldade feminina. Em cartaz.

 


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