Por Bernardo Caram

BRASÍLIA (Reuters) – O setor público consolidado brasileiro registrou um superávit primário de 4,312 bilhões de reais em março, informou o Banco Central nesta segunda-feira.

Com o saldo positivo, o resultado acumulado em 12 meses alcançou um superávit de 122,758 bilhões de reais, o que corresponde a 1,37% do Produto Interno Bruto (PIB).

O dado engloba as contas de governo central (Tesouro Nacional, Banco Central e INSS), Estados, municípios e empresas estatais e não inclui as despesas com juros.

O número de março foi impulsionado pelo resultado positivo dos governos regionais, que vêm registrando ganhos de arrecadação com a retomada da atividade e o salto nos preços de combustíveis, além de um aumento nas transferências de recursos feitas pela União.

Os entes foram superavitários em 11,882 bilhões de reais em março. Desse montante, o saldo dos Estados ficou positivo em 8,408 bilhões de reais, enquanto os municípios ficaram no azul em 3,473 bilhões de reais.

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As empresas estatais tiveram superávit de 242 milhões de reais no período.

Os saldos foram suficientes para compensar o resultado do governo central, que ficou no vermelho em 7,811 bilhões de reais.

No mês, a dívida bruta do país ficou em 78,5% do PIB em março, enquanto a dívida líquida foi a 58,2%.

Em relação ao gasto com juros nominais, o total do mês ficou em 30,784 bilhões de reais. No ano, o dado atingiu 403,810 bilhões de reais, equivalente a 4,52% do PIB, com o déficit nominal do setor público somando 3,15% do PIB.

A nota foi apresentada pela autoridade monetária com cerca de duas semanas de atraso. A divulgação de indicadores pelo BC tem sido comprometida pela greve de servidores que pressionam o governo por reajustes salariais.

Na semana passada, o BC informou que divulgaria os dados fiscais de março em respeito a exigência da Lei de Responsabilidade Fiscal, mesmo diante da continuidade da greve. A apresentação de outros dados compilados pelo órgão segue suspensa.

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