A Fórmula 1 é uma modalidade esportiva que movimenta cerca de R$ 6 bilhões por ano. Muito dessa fortuna vem de patrocinadores poderosos, mas também de fãs que não se inibiram para pagar R$ 16 mil por um ingresso para assistir ao GP do Brasil no Paddock Club, no Autódromo de Interlagos, no último domingo, em São Paulo.

Logo após passar a catraca eletrônica, o privilegiado torcedor é recepcionado por cinco baldes de gelo com quatro garrafas de fibra de vidro de champanhe Chandon. Detalhe: uma garrafa custa R$ 12 mil. Com vista da reta principal, dos boxes e de boa parte dos 4.309 metros do circuito de Interlagos, o local reuniu cerca de 1,5 mil pessoas para ver o 48ª corrida de F-1 no Brasil, em sua maioria convidados por empresas, que chegam a pagar cerca de R$ 200 mil pelo aluguel de um espaço.

Barbearia, simuladores de corrida, maquiadores são bônus do local, que oferece aos presentes uísques, champanhes, chope, além de águas, sucos e refrigerantes. Uma dúzia de estandes com grande variedade de comida. Desde feijoada e pastas até arroz de pato e cordeiro fatiado. Nas longas varandas do Paddock, protegidas são colocados avisos em amarelo no solo para que as pessoas não se aproximem com bebidas ou alimentos, que poderiam cair nos boxes das equipes.

Além de reunir fanáticos pela principal categoria do automobilismo, o espaço também é um ponto de encontro para empresários, onde vários contratos são fechados. O período da corrida, sempre no fim do ano, também é propício para negócios serem comprometidos para a temporada seguinte.

“É um momento importante para motivarmos nosso funcionários. Trata-se de um grande evento da cidade de São Paulo”, disse Marcelo Lerario de Medeiros, diretor do conselho de administração do Grupo Leforte, uma das empresas presentes no Paddock e que organizou a parte médica do GP do Brasil, por intermédio de seu CEO, Rodrigo Lopes.

Como para chegar em Interlagos, na maioria das vezes, é preciso encarar um pesado trânsito, muitos dos frequentadores do Paddock se dirigem até o autódromo de helicóptero. “Nós esperávamos duzentas viagens para todo o período e as vendas excederam nossas expectativas”, disse Felipe Fonseca, country manager da Voom no Brasil, plataforma oficial do transporte aéreo para o GP. A ida até Interlagos teve o preço de R$ 700, enquanto o pacote de ida e volta para os três dias ficou por R$ 3 mil.

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Outros preferiram ir de Ferrari para participar do tradicional desfile dos carros da marca italiana, realizado todos os anos antes da largada do GP do Brasil de Fórmula 1. A presença dos bólidos e a curiosidade popular fez o trânsito parar perto do autódromo no período da manhã.


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