A melhora na avaliação dos empresários do setor de serviços em relação aos negócios foi o que mais motivou o avanço no indicador de emprego apurado pela Fundação Getulio Vargas (FGV) em agosto e divulgado nesta terça-feira, 6. O Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp) cresceu 1,1 ponto em agosto ante julho, alcançando 90,2 pontos, o maior patamar desde maio de 2011.

O impulso veio, sobretudo, dos componentes que medem o grau de otimismo com a evolução dos negócios nos seis meses seguintes (alta de 9,7 pontos em agosto ante julho) e o grau de satisfação com a situação atual dos negócios (elevação de 2,9 pontos em agosto ante julho), ambos da Sondagem de Serviços.

No caso do Indicador Coincidente de Desemprego (ICD), o recuo de 1,0 ponto em agosto ante julho, para 95,8 pontos, foi mais impactado pela avaliação das famílias de renda mais baixa. As classes de renda que mais contribuíram para a queda do ICD foram as dos consumidores com rendimentos familiares mensais até R$ 2.100,00 e entre R$ 2.100,01 e R$ 4.800,00, cujo Indicador de percepção de facilidade de se conseguir emprego (invertido) variou -2,5 pontos e -1,8 ponto, respectivamente.

O ICD é construído a partir dos dados desagregados, em quatro classes de renda familiar, da pergunta da Sondagem do Consumidor que procura captar a percepção sobre a situação presente do mercado de trabalho. Quando o índice tem queda, significa melhora na avaliação dos consumidores sobre momento atual do mercado de trabalho.

O IAEmp é formado por uma combinação de séries extraídas das Sondagens da Indústria, de Serviços e do Consumidor, todas apuradas pela FGV. O objetivo é antecipar os rumos do mercado de trabalho no País. Quando há avanço, a tendência é de que haja geração de vagas.