A indústria de cimento estima um crescimento de 1% no consumo em 2025, atingindo um total de 65,5 milhões de toneladas, segundo o Sindicato Nacional da Indústria de Cimento (SNIC). Em janeiro, as vendas internas do setor somaram 5,2 milhões de toneladas, um avanço de 5,3% em relação ao mesmo mês do ano passado e de 10% frente a dezembro. O desempenho positivo é atribuído ao mercado de trabalho aquecido e ao crescimento do financiamento imobiliário.
Apesar da demanda forte da construção civil, o setor enfrenta desafios como a pressão inflacionária, o alto custo da mão de obra e a taxa de juros elevada. A Selic, atualmente em 13,25%, pode atingir 15% até o final do ano, o que impacta o endividamento das famílias e reduz a confiança do consumidor. A desvalorização cambial e as incertezas fiscais também preocupam as empresas.
Ainda assim, há otimismo quanto ao uso crescente do cimento e do pavimento de concreto em obras públicas, especialmente em licitações para ruas e rodovias. Além disso, programas como o Minha Casa, Minha Vida e o PAC devem impulsionar o setor, assim como as concessões de saneamento previstas para este ano, que devem gerar demanda nos próximos dois ou três anos.
Na agenda de sustentabilidade, 2025 trará desafios regulatórios, como a implementação do Mercado de Carbono e a definição de metas de descarbonização no Plano Clima, em preparação para a COP30. “O setor segue otimista, com boas perspectivas para a infraestrutura e o escoamento da safra recorde, impulsionado pelo uso do pavimento de concreto”, afirma Paulo Camillo Penna, presidente do SNIC.
Com informações de Brasil Mineral