Nesta terça-feira, 10 de setembro, é celebrado o Dia Mundial de Prevenção do Suicídio. Porém, por conta da notoriedade da data e de sua visibilidade, a celebração acabou se estendendo para todo o mês. Assim, a importância dos cuidados com a saúde mental para a prevenção do suicídio ganha mais espaço.

Para Priscilla Montes, educadora parental certificada pela Positive Discipline Association (PDA) e pós-graduanda em Neurociência e Desenvolvimento Infantil pela PUC-RS, dentro do contexto do Setembro Amarelo, também surgem questões como a necessidade de combater a violência dentro da escola. Violência essa que pode se manifestar pelo bullying ou pelo cyberbullying, por exemplo. Instituições de ensino podem e devem pensar em ações e práticas perenes para melhorar a saúde mental das crianças e dos adolescentes.

A educação positiva tem relação direta com o desenvolvimento socioemocional e, consequentemente, com o controle das emoções. “Baseada na firmeza e na gentileza, sem punição, castigo ou recompensa, a abordagem estimula o desenvolvimento do autoconhecimento e do autocontrole, além de habilidades sociais importantes, como a empatia e a autoconfiança”, esclarece Priscilla.

A especialista destaca ainda que a educação positiva ensina importantes habilidades sociais e de vida de maneira profundamente respeitosa e encorajadora, partindo do conceito de conexão antes da correção, incentivando o pertencimento e o encorajamento.

Outro ponto a ser levado em consideração é investir em conscientização e prevenção do bullying nas escolas. É necessário criar um ambiente acolhedor, colaborativo e responsivo.

Por meio do desenvolvimento de habilidades sociais, resolução de conflitos e empatia, os alunos são preparados não apenas para o sucesso acadêmico, mas também para uma vida saudável.

“A escola junto com os pais precisam elaborar uma abordagem mediadora e não julgadora, na qual os casos de bullying sejam investigados minuciosamente e ações apropriadas sejam tomadas para cada situação, incluindo projetos que deixem claro a intolerância a comportamentos prejudiciais”, finaliza a educadora parental.