Sete funcionários da ONU foram detidos na capital do Iêmen acusados de espionar para Israel, informou à AFP uma fonte de segurança dos rebeldes huthis nesta sexta-feira (24).
Este é um novo caso em que um grupo de funcionários das Nações Unidas é preso na capital do país, Saná, sob acusações semelhantes.
No meio desta semana, 20 pessoas que trabalham para a ONU, 15 deles estrangeiros, foram libertados após permanecerem detidos no último fim de semana em Saná.
Os insurgentes, que controlam a capital e vastas áreas do território, há anos privam de liberdade funcionários da ONU que acusam de espionagem, mas esta prática tem se intensificado desde o início da guerra entre Israel e o movimento palestino Hamas em Gaza.
“Sete funcionários das Nações Unidas, todos iemenitas, foram detidos desde ontem à noite até esta tarde acusados de espionagem para Israel”, informou à AFP a fonte de segurança.
Outra fonte dos huthis confirmou a detenção dos funcionários, mas não especificou quantos eram.
A ONU não respondeu imediatamente a um pedido de comentários.
O porta-voz do secretário-geral da organização afirmou no último sábado que as acusações contra funcionários são “perigosas e inaceitáveis” e colocam em risco sua segurança e a dos trabalhadores humanitários.
Os huthis, apoiados pelo Irã, integram o chamado “eixo de resistência” desse país contra Israel e Estados Unidos, e lançaram drones e mísseis contra alvos israelenses no Mar Vermelho desde o início da guerra em Gaza.
Eles afirmam agir em solidariedade com os palestinos.
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