O movimento palestino Hamas anunciou nesta sexta-feira (5) que cinco de seus homens morreram durante uma incursão israelense em Jenin, norte da Cisjordânia ocupada, onde o Exército de Israel afirma que está efetuando uma “operação antiterrorista”.

O Hamas afirmou em um comunicado que quatro “combatentes” e um “comandante” foram mortos “a tiros esta manhã no campo de refugiados de Jenin”.

O Ministério da Saúde da Autoridade Palestina reportou a morte de um total de sete pessoas entre 19 e 54 anos.

Segundo dados do Ministério, nas últimas 48 horas morreram 12 palestinos na Cisjordânia, território palestino ocupado por Israel desde 1967.

A este número somam-se uma criança e uma mulher, que morreram na segunda-feira durante uma incursão israelense na região de Tulkarem, também no norte deste território.

Os militares israelenses disseram ter realizado uma operação para localizar “terroristas responsáveis por um ataque a soldados”.

“Durante a operação antiterrorista, houve troca de tiros com terroristas na área”, disse ele em comunicado. Ele acrescentou que atacou uma “célula terrorista armada” com um “ataque aéreo”.

Segundo a agência oficial de notícias palestina Wafa, “um ataque com drones” nesta sexta-feira teve como alvo o campo de refugiados de Jenin.

Veículos militares cercaram uma casa e agentes de segurança “utilizaram alto-falantes para exigir a rendição de um dos ocupantes, antes de atacar a casa com mísseis”, segundo a Wafa.

“Os crimes da ocupação em Gaza, Jenin e Tulkarem e em todas partes de nosso país ocupado não conseguiram acabar com a vontade de nosso povo palestino”, comentou o Hamas.

Desde o início da guerra na Faixa de Gaza, desencadeada pelo ataque do movimento islamista palestino Hamas em território israelense em 7 de outubro, a violência aumentou na Cisjordânia.

Segundo as autoridades locais, ao menos 566 palestinos morreram na Cisjordânia em ações de soldados ou colonos israelenses desde 7 de outubro.

Ao menos 16 israelenses morreram em ataques no mesmo período, segundo um balanço da AFP baseado em números divulgados pelas autoridades israelenses.

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