A Sete Brasil apresentou ontem seu plano de recuperação judicial, que prevê novos investimentos da ordem de US$ 5 bilhões para que até 12 navios sondas sejam colocados em operação. O presidente da Sete Brasil, Luiz Eduardo Carneiro, disse que os contratos com a Petrobrás ainda são válidos e que foi aberta mediação para negociar com a estatal para que de 8 a 12 contratos sejam mantidos. Quem lidera o processo é o escritório Sérgio Bermudes.

A proposta é manter o valor do contrato em US$ 420 mil por dia e por sonda, segundo Eduardo Sampaio, da Alvarez & Marsal. O sucesso do plano passa pela negociação com a Petrobrás, mas a estatal não demonstra ter interesse pelos navios em função da sua situação financeira e da queda dos preços do petróleo. A Petrobrás tem dificultado até mesmo a instalação da mediação, segundo fontes próximas à Sete. Fechado o acordo com Petrobrás, a Sete terá de buscar novos investidores ou financiadores. A ideia é que os próprios estaleiros financiem.

A Sete foi envolvida em uma série de denúncias de corrupção, o que impediu a companhia de obter um empréstimo de longo prazo do BNDES. Os estaleiros foram acusados de pagar propina para fechar contratos. Segundo Carneiro, as auditorias feitas na empresa revelaram que nada ilícito foi feito dentro da companhia. “Se aconteceu, foi da porta da Sete para fora.” As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.


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