Durante a participação no seminário Faces da Cultura, organizado pela Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo, o secretário especial de Cultura, Henrique Medeiros Pires, afirmou na terça, 2, que o Teatro Brasileiro de Comédia (TBC) passará a ser gerido pelo Sesc.

Fechado há 16 anos, o prédio na Rua Major Diogo foi adquirido em 2007 pelo Fundação Nacional das Artes (Funarte) e passou por restauração, com investimento de R$ 20 milhões. Mas não foi o bastante para reabertura do espaço fundado há 70 anos, responsável pelo movimento de profissionalização e identidade do teatro nacional. Pelo TBC passaram nomes como Sérgio Cardoso, Paulo Autran, Tônia Carrero, Cleyde Yáconis, Cacilda Becker, Walmor Chagas, Nydia Licia e Fernanda Montenegro.

O projeto de restauração do prédio foi capitaneado pela Urdi Arquitetura. Em 2013, o presidente da Funarte na época, Antonio Grassi, chegou a anunciar um novo investimento de R$ 13 milhões para instalação da cenotecnia, luminotécnica, poltronas, e aparatos para o teatro funcionar. Os recursos nunca chegaram.

Em 2016, o então ministro da Cultura, Marcelo Calero, levou o diretor regional do Sesc, Danilo Santos de Miranda, a visitar o local recém-reformado.

Se o plano for confirmado, o Sesc São Paulo deve finalizar as obras, criar um centro de memória do TBC, com exposições, além de gerir a programação teatral.

Em abril de 2017, esse foi um dos assuntos tratados entre o diretor regional do Sesc e o ministro à época, Roberto Freire. “A perspectiva de oferecer, eventualmente, programação e os serviços habituais como fazemos nas nossas unidades é interessante para o Sesc”, contou Miranda, como apurou o jornal O Estado de S. Paulo.