O Governo de Romeu Zema (Novo) em Minas Gerais é acusado por servidores de sucatear a Companhia de Habitação do Estado (COHAB), o que teria levado ao descredenciamento do órgão do Programa de Melhoria Habitacional da União e à perda de R$ 4 milhões em receitas.

A situação foi levada ao Ministério Público em denúncia que aponta a suspeita de o Governo tentar extinguir a Cohab sem consultar a Assembleia Legislativa. O déficit no Estado atualmente é, segundo funcionários, de 500 mil casas. A iniciativa privada tem interesse em parte desse mercado, mas os servidores questionam quem vai amparar a população de baixa renda, uma vez que os bancos privados não têm interesse em atuar com esse segmento.

Em resposta à Coluna, a COHAB Minas informou que “após estudo realizado sobre a matriz de risco do referido programa, constatou-se que o mesmo não se apresentava vantajoso para empresa, podendo, inclusive, gerar ainda mais passivos para Companhia”. Ainda de acordo com a estatal, a “decisão foi embasada em recomendações técnicas e jurídicas”.

A empresa também argumentou que, desde 2021, executa o Programa COHAB Regulariza, que visa regularizar por meio da Reurb 415 conjuntos habitacionais construídos pela empresa. Até o momento, o programa já regularizou 73 conjuntos, totalizando 2.674 moradias. “Para o ano de 2023, outras 5.966 unidades habitacionais serão regularizadas, em 62 conjuntos próprios e outras áreas do Estado de Minas Gerais”.