O servidor público Luciano Gaspar Daru foi investigado e indiciado pela Polícia Civil por passar quase dois anos indo à Prefeitura de Ponta Grossa, nos Campos Gerais do Paraná, só para bater o ponto e ir embora sem trabalhar.
O portal da prefeitura mostra que Luciano era concursado há 26 anos e recebia mais de R$ 2,3 mil de salário bruto. Desde 2023 ele atuava como técnico administrativo na Secretaria Municipal de Fazenda, e o horário de expediente era do meio-dia às 18h.
Câmeras de segurança do local mostram que, no entanto, Luciano não cumpria o seu horário de trabalha. Ele chegava pelos fundos da prefeitura, de bermuda e chinelo, ficava 1 minuto e 15 segundos no prédio e ia embora. O servidor público fazia isso no início da tarde e voltava no fim do dia para registrar a saída.
Isso começou a chamar a atenção de outros funcionário e, em 2024, a Prefeitura de Ponta Grossa abriu uma investigação interna contra Luciano. Depois, no ano de 2025, o caso foi repassado à Polícia Civil.
A corporação concluiu o inquérito contra o servidor na terça-feira, 15, e encaminhou o caso ao MP-PR (Ministério Público do Paraná), que deve analisar e decidir se oferece ou não denúncia criminal contra Luciano.
Ainda segundo a Polícia Civil, o servidor confessou que entre agosto de 2023 e junho de 2025 apenas ia para a prefeitura registrar o ponto, sem exercer qualquer atividade funcional.
Devido a isso, Luciano foi indiciado pelo crime de inserção de dados falsos em sistema informatizado, previsto no Código Penal, cuja pena é de 2 a 12 anos de reclusão e multa.