O ministro da Controladoria-Geral da União, Vinícius Marques de Carvalho, determinou o afastamento do servidor David Cosac Junior, filmado agredindo uma mulher e uma criança de 4 anos.
Segundo a decisão publicada no Diário Oficial da União, o afastamento é pelo prazo de 60 dias, podendo ser prorrogado. O ato também proíbe o ingresso do servidor nos prédios da CGU, bem como de acesso aos sistemas institucionais, “enquanto as apurações estiverem em andamento, como medida administrativa necessária à preservação do ambiente institucional e ao regular andamento das apurações”.
Nas imagens que ganharam as redes sociais, David Cosac Júnior é flagrado agredindo uma mulher e o filho dela com socos, tapas e chutes, no estacionamento do prédio residencial em que mora, em Águas Claras, no Distrito Federal.
A repercussão do caso levou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva a pedir abertura de processo interno para responsabilização e expulsão do serviço público. “A agressão covarde de um servidor da Controladoria-Geral da União (CGU) contra uma mulher e uma criança, divulgada em vídeo pela Imprensa, é inadmissível e precisa de uma resposta firme do Poder Público, considerando tratar-se um servidor federal”, afirmou Lula em publicação na rede social X.
O presidente Lula determinou nessa quinta (25) que a CGU abra um processo para exonerar o servidor David Cosac Júnior, que apareceu em um vídeo agredindo a ex-namorada e o filho dela. O caso aconteceu no prédio das vítimas este mês em Brasília e foi denunciado por um vizinho. pic.twitter.com/3QjyfnoIu9
— TV Brasil (@TVBrasil) December 26, 2025
“Os fatos divulgados indicam violação grave aos deveres funcionais previstos na Lei nº 8.112/1990, especialmente ao artigo 116, inciso IX, que impõe ao servidor público o dever de manter conduta compatível com a moralidade administrativa”, afirmou, em nota, a CGU.
A agressão ocorreu no dia 7 de dezembro e as imagens foram divulgadas inicialmente pelo site Metrópoles. O servidor não foi preso, mas foi indiciado por lesão corporal.
O Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) determinou na quarta-feira, 24, medidas protetivas contra o auditor. Segundo o site Metrópoles, David está proibido de se aproximar da vítima, devendo manter uma distância mínima de 300 metros. Além disso, foi imposta a proibição de manter contato com o menor por qualquer meio de comunicação.