O ministro das Relações Exteriores José Serra realizará encontros bilaterais com representantes americanos e europeus durante a reunião do conselho de ministros da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômicos (OCDE) nos dias 1 e 2 de junho em Paris.

Um comunicado do Itamaraty indicou que Serra também “apresentará as políticas do Governo brasileiro destinadas a recuperar o crescimento, restaurar a confiança e gerar emprego” no Brasil, que atravessa uma severa recessão econômica agravada pela crise política.

Em 2 de junho Serra “participará, ao lado dos Ministros responsáveis por comércio internacional das 8 maiores economias e países mais ativos na Organização Mundial do Comércio, de discussões sobre os rumos das negociações comerciais multilaterais, inclusive a necessidade de obter maior abertura dos mercados de produtos agrícolas”, segundo o comunicado.

O Brasil é um dos principais mercados de matérias primas.

Segundo o jornal O Globo deste sábado, a agenda de encontros bilaterais ainda está em processo de elaboração. Serra deverá explicar a situação econômica e política do país aos 34 países membros da OCDE.

Serra, também encarregado do comércio exterior, será o único ministro do governo interino de Michel Temer que participará do fórum da OCDE, segundo O Globo.

Este será seu primeiro grande evento com a comunidade internacional, no qual aproveitará tanto para explicar as novas orientações econômicas e diplomáticas do Brasil quanto para rebater as acusações de que o impeachment contra Dilma Rousseff – que foi afastada para ser submetida a um julgamento político – é um “golpe de Estado” institucional.

Antes de chegar a Paris, Serra planeja fazer uma parada de 12 horas em Cabo Verde neste sábado. Sua intenção é informar à África que o continente continuará sendo uma prioridade para o Brasil, assim como foi durante os governos do Partido dos Trabalhadores do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e de Dilma Rousseff.

Em 18 de maio, Serra, senador e ex-candidato presidencial que foi derrotado por Lula e Dilma, apresentou as novas diretrizes da política externa do Brasil, que privilegiará sócios tradicionais como Estados Unidos, Europa e Argentina, sem minimizar a China, o maior aliado comercial do país.

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