O diretor de Política Monetária do Banco Central, Bruno Serra, disse que o ponto mais “desafiador” no momento é ancorar as expectativas de inflação, que se elevaram nos últimos dias, de acordo com o relatório de mercado Focus.

“Recentemente a gente teve um aumento das expectativas de inflação mais longas que precisa ser compreendido”, disse, reforçando a necessidade da perseguição de uma meta crível e lembrando que até semanas atrás as projeções do mercado mostravam as estimativas mais próximas do centro da meta para os próximos anos.

As afirmações vieram após longa defesa da autonomia do Banco Central e sua atuação recente de aperto monetário, alvo de seguidas críticas por parte do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nos últimos dias.

Serra creditou ainda a oscilação cambial mais tranquila em 2022 em comparação com 2002, ambos anos de eleição presidencial, devido à autonomia do BC. Segundo ele, seria uma questão a menos para o presidente eleito ter de ser preocupar.