SÃO PAULO, 27 AGO (ANSA) – A minissérie que conta a história jurídica – com suas consequências – da norte-americana Amanda Knox, condenada e depois absolvida pela morte de sua colega de quarto, a estudante inglesa Meredith Kercher, assassinada em Perugia na noite de 1º de novembro de 2007, estreou no Brasil nesta quarta-feira (27).
“A História Distorcida de Amanda Knox” (The Twisted Tale of Amanda Knox, no original) foi produzida para o Hulu, canal de streaming da Disney, em oito episódios, 17 anos depois do crime que chocou a Itália.
A obra é baseada em sua autobiografia “Waiting to be Heard: A Memoir by Amanda Knox”, publicada em 2013, e produzida pela própria Knox junto com a ex-estagiária do chamado “Sexgate” Monica Lewinsky, protagonista do escândalo sexual envolvendo o então presidente dos Estados Unidos Bill Clinton.
A atriz norte-americana Grace Van Patten estrela a série, ao lado da irlandesa Sharon Horgan ( mãe de Knox), Edda Mellas, John Hoogenakker (pai de Knox), Kurt Knox, Francesco Acquaroli (Giuliano Mignini, o promotor de Perugia), Giuseppe De Domenico (seu então namorado Raffaele Sollecito), e Roberta Mattei (Monica Napoleoni, chefe da divisão de homicídios do esquadrão de Perugia e braço direito de Mignini).
“Achei que sabia mais do que realmente sabia, mas quanto mais eu pesquisava, assistia, lia e, principalmente, conversava com ela [Amanda], mais eu conseguia acreditar o quanto eu não sabia”, relatou Van Patten, em coletiva de imprensa.
Segundo a protagonista, foi “realmente incrível, mas também de partir o coração e frustrante descobrir todas as coisas que você não sabe”. “Achei ótimo dar a ela a oportunidade de resgatar sua história e contar o seu lado”, acrescentou Van Patten.
A descrição oficial do Hulu explica que a série “é baseada na história real” de como Knox – finalmente absolvida do crime – foi “injustamente condenada pelo assassinato de Meredith e descreve sua odisseia de 16 anos para se libertar”.
O italiano Raffaele Sollecito, namorado da americana na época do homicídio, também foi sentenciado e posteriormente absolvido pelo crime. Até hoje, o único condenado em definitivo é o marfinense Rudy Guede, que pegou 16 anos de prisão e já cumpriu sua pena. (ANSA).