A personagem de Roseanne Barr morreu em “The Conners”, o programa de TV spin-off da antiga série “Roseanne” e criada depois que ela foi demitida por ter feito um comentário racista no Twitter, e a atriz não ficou nada satisfeita

“Não estou morta, babacas!!!!”, tuitou a atriz, de 65 anos, conhecida por sua franqueza excessiva, após a estreia da nova sitcom da ABC.

A princípio, a ABC anunciou o cancelamento da série, mas depois decidiu continuar com todos os outros atores, com exceção de Roseanne Barr.

Barr lamentou que a cadeia de televisão preferiu matá-la na ficção do que perdoá-la por causa do tuite que a fez perder o emprego em maio passado.

A nova série começa três semanas depois do funeral de Roseanne, quando a família fica sabendo, para sua grande surpresa, que a heroína faleceu de uma overdose de opiáceos, uma das principais causas de morte nos Estados Unidos.

Para suportar a dor de um ferimento no joelho, Roseanne procura em segredo remédios muito fortes, nos quais se vicia rapidamente.

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No final de maio, a ABC cancelou abruptamente a série depois de um tuíte de Roseanne – uma defensora ferrenha do presidente republicano Donald Trump – no qual ela comparou a alta conselheira ao ex-presidente Barack Obama, Valerie Jarrett, que é negra, com um macaco.

“A Irmandade Muçulmana e o Planeta dos Macacos tiveram um bebê-vj”, tuitou Roseanne.

Embora mais tarde ela tenha excluído o texto e tenha se desculpado, a presidente do canal ABC, Channing Dungey, descreveu o comentário como “repugnante e inconsistente com nossos valores”, despediu Roseanne e não recuou em sua decisão.

Sua agência de talentos, a ICM, também rompeu a relação com a atriz depois do tuíte, que considerou “perturbador, vergonhoso e inaceitável”.

“The Conners” funciona bem e, como antes, trata de temas-chave da classe operária dos Estados Unidos e tem grandes atores como John Goodman, no papel de Dan, o marido de Roseanne, e Laurie Metcalf, no papel da irmã democrata.

Mas Roseanne, a dona de casa debochada e sem papas na língua, acaba fazendo falta como centro da série.

Além do tuíte reclamando que não está morta, Roseanne difundiu um longo co-assinado por seu rabino, Shmuley Boteach, criticando “The Conners” e principalmente a ABC.

Ao excluir Roseanne, a ABC desiste “da única série que trata diretamente das profundas divisões” da sociedade americana e que “reúne personagens de diferentes convicções políticas, liderados por uma mulher forte “, afirmaram.

“A pesar de sinceras e repetidas desculpas, a cadeia se negou a virar a página sobre um erro lamentável, rejeitando os valores americanos de arrependimento e perdão”, enfatizaram.

A popular série “Roseanne” voltou recentemente à televisão em 2018 após uma pausa de 21 anos, com níveis de audiência muito elevados e considerada uma das poucas obras televisivas a dar voz aos republicanos.


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