A dupla sertaneja Simone e Simaria, que estão passando por um momento conturbado na relação, após vazar brigas nos bastidores, troca de farpas em shows e a polêmica entrevista que Simaria deu falando dos atritos com a irmã, ela resolveu se afastar dos palcos para cuidar de sua saúde.

IstoÉ Gente conversou com a neuropsicanalista da USP Priscila Gasparini Fernandes, que fez uma análise sobre a fase complicada das cantoras e orientou que  Simone e Simaria façam terapia. Confira!

“Geralmente quando irmãos trabalham juntos, acabam misturando o papel profissional com o papel pessoal, levando para os palcos as desavenças da vida pessoal e também levando problemas pessoais para os palcos, isso não deve acontecer, devem estipular muito bem o que cabe a vida profissional, discutindo assuntos pertinentes em reuniões agendadas para esse fim, e problemas da vida pessoal, conversar em casa”, começou a psicóloga.

“Observamos através de entrevistas que Simara esta bem chateada e estressada com o comportamento profissional da irmã. Ela comenta que quem comanda a vida profissional é ela, com muita garra, a irmã é mais tranquila, e a critica muito. Em um relacionamento fraterno acaba sendo bem comum, a irmã mais velha “se sentir responsável” por tudo. Acaba se cobrando muito acerca do que envolve as duas irmãs. Muitas vezes por ser uma relação muito próxima, não há o reconhecimento que se faz necessário, para se sentir valorizada como profissional e empresária, acaba sendo natural o processo de liderança, e isto vai cansando e estressando”.

“Um dos sintomas de Simara foi a perda de voz emocional, que nos mostra uma somatizaçao de fatos, que se tornam sintomas para o organismo, que entra em estado de alerta e reclama, como se não aguentasse mais, e precisasse realmente falar. Além do problema com a dupla, Simara também se separou recentemente do marido. Este processo também é um trauma a mais para ela elaborar, o luto, a separação, a cisão”, destacou Priscila Gasparini.

“Seria bom que Simone e Simara fizessem um processo de terapia para lidar com suas questões emocionais, autoconhecimento, limites e reflexões para se reestruturar e amadurecer conteúdos necessários que emergiram com estas crises”, finalizou.