Em depoimento à Polícia Federal na quarta-feira (26), o cantor Sérgio Reis recuou nos ataques aos ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) e negou participar de um movimento antidemocrático com o objetivo de atacar as instituições e realizar um ato violento em 7 de setembro. As informações são do jornal O Globo.

Segundo reportagem, o sertanejo lamentou a repercussão de uma gravação sua na qual relatava uma articulação com caminhoneiros para uma manifestação antidemocrática.

Sérgio Reis chegou a dizer que, caso o Senado não tomasse uma decisão a respeito do impeachment de ministros do STF, eles iriam “invadir, quebrar tudo e tirar os caras na marra”.

Em seu depoimento para a PF, ele teria recuado no tom e dito que não teve intenção de atacar os ministros do Supremo, e negou participar de movimentos que pretendiam realizar um ato violento.

Sérgio Reis chegou a ser internado na terça-feira (24), no Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, dias após ter se tornado alvo de uma operação da Polícia Federal por conta de um áudio vazado.

A informação foi confirmada pelo apresentador Geraldo Luís, que publicou imagens em seu Instagram no hospital, ao lado do sertanejo.

“Vim visitar no hospital meu amigo querido @serjaooficial. Ele está melhor e ao lado de sua amada Ângela. Precisou ser internado ontem, em breve em casa se Deus quiser”, disse Geraldo.

Na última sexta-feira (20), a Polícia Federal fez buscas na casa do cantor e do deputado federal Otoni de Paula (PSC-RJ), a pedido do Supremo Tribunal Federal (STF). A ação investiga a incitação de atos violentos e ameaçadores contra a democracia.

O cantor também foi proibido pelo ministro Alexandre de Moraes de se aproximar da Praça dos Três Poderes, em Brasília, numa medida “para evitar a prática de infrações penais e preservação da integridade física e psicológica dos ministros, senadores, servidores ali lotados, bem como do público em geral que diariamente frequenta e transita nas imediações”, disse o despacho do magistrado.