Desde que teve um vídeo em que convoca caminhoneiros e a população a saírem às ruas em defesa do governo de Jair Bolsonaro e para pedir o impeachment dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), o cantor Sergio Reis foi “cancelado” nas redes sociais.

Em entrevista ao Congresso em Foco ele falou sobre o assunto. “Querem me massacrar. Já estou tendo prejuízo. Cancelaram quatro shows e dois comerciais que ia fazer agora. Tiraram do ar um que faço para um supermercado de Curitiba. Vão tirar por um mês do ar e esperar para ver o que acontece”, afirmou.

Durante a conversa, ele afirmou que defende a democracia e que “não há necessidade” de uma intervenção militar. “Não sou puxa-saco do Bolsonaro”, disse. “Eu errei mesmo, errei muito. Não devia ter falado, porque as pessoas pensam… Falei com um amigo. Ele postou num grupinho. Um amigo da onça. É da vida. Estão me ameaçando, pensando que estou com medo. Mas não me escondi. Estou aqui em casa, não agredi ninguém. Arco com minha responsabilidade”, afirmou.

Ele também disse que ainda não foi notificado sobre o pedido de abertura de inquérito contra ele por ameaça. “Se abriram, vamos fazer a defesa, o que é certo. Não tenho medo de cadeia. Quando moço, eu era briguento, participava de briga tonta. Fui preso por briga, tinha de responder pelo que fiz. Não fiz nada agora”, disse.

Além disso, ele admite que vai às ruas para engrossar o coro dos bolsonaristas no feriado do Dia da Independência. Para o dia, estão convocadas manifestações contra o STF e o Congresso e a favor de Bolsonaro. “Tenho de ir para a rua porque me comprometi com eles. Preciso mostrar para o povo que querem me amedrontar. Se tiver de morrer, eu morro, morro pelo meu país. Não vou fugir”, afirmou.