Embora ser LGBT possa fazer com que os líderes criem ambientes mais inclusivos, não é o suficiente para uma liderança inspiradora. “Inspirar, motivar e mostrar que é possível é papel da liderança. Não é porque você é LGBT que você tem consciência sobre essa temática. Ser um gay CEO é diferente de ser um CEO gay, porque exige consciência sobre o que é ser LGBT nessa sociedade. Sou um CEO gay, mas também sou um gay CEO – minha forma de liderar, de tomar decisões, é profundamente impactada pela pessoa que sou”, explica Ricardo Sales, fundador da Mais Diversidade.

Foi a transformação pela qual passou Renato Camargo, diretor de marketing da Recarga Pay. Em 2020, após o assassinato de George Floyd nos EUA, houve um movimento nas redes sociais em que pessoas brancas emprestavam perfis para pessoas negras gerarem conteúdo antirracistas. Renato percebeu que seu alcance no LinkedIn diminuiu na semana em que seu perfil foi ocupado pela gerente sênior de riscos e controles internos da UnitedHealth, Viviane Moreira, negra.

A partir daí, decidiu que seu perfil seria dedicado ao debate da diversidade e inclusão e que, para isso, falaria abertamente sobre ser gay. Ele puxou a pauta na empresa devido à senioridade e pelo feedback positivo ao falar sobre o tema em uma rede corporativa.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.