Sequestros-relâmpagos e roubos com Pix explodiram em São Paulo. De acordo com um levantamento feito pela Folha de S.Paulo, dados de inteligência do governo paulista mostram que, as duas modalidades criminosas registram 202 crimes no Estado desde dezembro do ano passado.

E o crescimento da prática é evidente. Entre dezembro de 2020 e março de 2021, foram registrados 51 boletins em todo o Estado. Então, os registros saltaram para 151 casos entre abril e julho.

Autoridades policiais que foram ouvidas pela reportagem da Folha disseram que o uso de transferência pelo Pix por criminosos tem se tornado muito comum. Em maio, quase 30% dos sequestros-relâmpagos foram praticados com a utilização dessa modalidade de transferência.

De acordo com o delegado Gilberto Tadeu Barreto, o tipo de crime “virou uma praga”. “O Pix é uma tecnologia fantástica, mas está sendo usada de uma forma totalmente indevida. E não só nesse tipo de crime, mas também em estelionatos. Foi um mecanismo que os criminosos aprenderam a usar de uma forma muito rápida”, disse.