NOVA YORK, 16 JAN (ANSA) – O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou neste domingo (16) que o sequestro em uma sinagoga de Colleyville, no Texas, foi um “ato de terrorismo”.   

O ataque ocorreu no último sábado (15) e terminou com todos os quatro reféns libertados sãos e salvos. Já o sequestrador, o britânico Malik Faisal Akram, 44 anos, foi morto pela polícia.   

“Isso foi um ato de terror”, disse Biden durante uma visita à Filadélfia, acrescentando que o episódio está relacionado a uma pessoa “que foi presa 15 anos atrás e que cumpre pena há 10 anos”.   

A declaração parece confirmar que Akram exigia a libertação da paquistanesa Aafia Siddiqui, neurocientista condenada a 86 anos de prisão nos EUA sob a acusação de tentar matar militares americanos no Afeganistão.   

Akram invadiu a sinagoga durante uma cerimônia que estava sendo transmitida pela internet e manteve todas as quatro pessoas presentes como reféns, incluindo o rabino. Ao todo, o sequestro durou cerca de 10 horas e envolveu mais de 200 policiais.   

“Ele estava irritado, e quanto mais aumentava sua irritação, mais cresciam as ameaças”, disse uma testemunha que acompanhava a cerimônia online – a transmissão seria tirada do ar pelo Facebook três horas depois do início do sequestro.   

Segundo o FBI, não há nenhum indício de participação de outro indivíduo no ataque. No entanto, ainda não está claro qual seria o laço entre Akram e Siddiqui.   

Ele chegou a dizer que era irmão da neurocientista, informação desmentida pouco depois. “O sequestrador não tem nada a ver com a doutora Aafia, sua família ou a campanha global por justiça para Aafia”, disse o Conselho de Relações Americo-Islâmicas.   

(ANSA).