Um grupo de estudantes foi sequestrado em uma escola católica no centro da Nigéria, disse um funcionário municipal nesta sexta-feira, no segundo incidente desse tipo em menos de uma semana.
Esses sequestros, além de um ataque contra uma igreja no início da semana, ocorrem em meio a tensões entre a Nigéria e os Estados Unidos pela situação da minoria cristã no país mais populoso da África.
Neste mês, o presidente americano, Donald Trump, chegou a ameaçar intervir militarmente na Nigéria pelo que denuncia como uma campanha de assassinatos de cristãos por jihadistas, uma narrativa rejeitada pelo país.
O último sequestro ocorreu na escola St. Mary, na região de Agwara do estado de Níger, explicou o secretário Abubakar Usman.
“O número exato de estudantes sequestrados ainda não foi confirmado”, indicou Usman, que acrescentou que “as agências de segurança continuam avaliando a situação”.
A polícia do estado de Níger recebeu às 2h locais (23h em Brasília) a informação de que “alguns bandidos armados invadiram a escola privada de ensino médio St. Mary” e “sequestraram um número ainda indeterminado de estudantes da residência”.
A corporação mobilizou unidades técnicas e soldados para resgatar os estudantes.
A Nigéria colocou suas forças de segurança em alerta esta semana diante da pressão dos Estados Unidos e dos incidentes recentes em uma escola e uma igreja.
Na segunda-feira, um grupo de homens armados sequestrou 25 alunas em uma escola de ensino médio no estado de Kebbi, no noroeste do país.
Uma delas escapou, mas as demais continuam desaparecidas. Um dia depois, homens armados mataram duas pessoas em uma igreja no oeste do país durante uma missa transmitida ao vivo.
Acredita-se que dezenas de fiéis que estavam no local foram sequestrados.
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