É provável que, correndo para cumprir o horário do dia, você já tenha saído de casa em jejum. Nesses dias, antes da hora do almoço, talvez todos os problemas parecessem estar multiplicados, você estivesse de mau humor e seu estômago gritasse como protesto. E não é por menos: sentir fome pode causar raiva.

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De acordo com uma pesquisa publicada no periódico “Plos One”, é possível que até a mais amável das pessoas experimente agressividade causada pela fome — o que é chamado, na língua inglesa, de “hangry”: uma junção das palavras hungry (com fome) e angry (bravo/a). 

Pesquisa: sentir fome pode causar raiva

sentir fome pode levar à raiva
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Conduzido pelo psicólogo e professor universitário Viren Swami, o estudo nasceu de suas próprias experiências após ouvir várias vezes que estava “hangry” e deveria fazer algo a respeito. Ao perguntar-se se é possível que a fome cause raiva, e como isso acontece nas pessoas, Viren resolveu investigar.

Para isso, foram analisadas, cinco vezes ao dia durante três semanas, as emoções e a fome de 64 adultos com idades entre 18 e 60 anos. Os participantes registravam seus sentimentos enquanto realizavam suas rotinas diárias.

Os resultados? Ao explorar como a fome afeta emoções, os especialistas descobriram que a fome estava associada a sentimentos mais fortes de raiva e irritabilidade e níveis mais baixos de prazer. “Acontece que estar ‘hangry’ é algo real”, declarou Viren, que sugere que a capacidade de reconhecer e rotular a emoção pode ser útil.

Existem algumas hipóteses que poderiam explicar por que a fome pode dominar as emoções. Uma delas é que a baixa taxa de açúcar no sangue pode aumentar a impulsividade, raiva e agressividade. 

“É realmente importante ser capaz de identificar emoções como a raiva induzida por fome, para que possamos mitigar os efeitos negativos”, enfatiza Viren. Isso é especialmente importante já que, para adultos, a fome também pode levar a uma queda nas habilidades sociais. “Não passe fome”, finaliza o autor do estudo, completando: “Embora para muitas pessoas seja mais fácil falar do que fazer.” As informações são da “Women’s Health”.