DACAR (Reuters) – Alguns se balançavam de cima de uma estrutura de outdoor. Outros dançavam sobre o asfalto. Quando a seleção nacional de futebol do Senegal aterrissou na capital Dacar após vencer sua primeira Copa Africana de Nações, cada um dos milhares de rostos presentes para recebê-los em casa estava em êxtase.

O craque Sadio Mané converteu o pênalti decisivo para selar a vitória do Senegal na disputa por pênaltis contra o Egito, que terminou em 4 x 2, após um empate de 0 x 0 na decisão, em Yaoundé, em Camarões, na noite anterior.

Foi uma vitória muito esperada para o país da África Ocidental que caiu para a Argélia na última final da Copa das Nações, em 2019. O Senegal também chegou à final do torneio em 2002, mas perdeu para Camarões nos pênaltis.

Sons de fogos de artifício, buzinas e aplausos ecoaram durante a noite em Dacar e manhã adentro nesta segunda-feira, quando centenas de pessoas vestindo camisetas de futebol ou envoltas em bandeiras senegalesas se reuniram do lado de fora do aeroporto para aguardar o retorno do time.

“Perdemos esses jogos há muito tempo. Estou assistindo o time desde os anos 1970, esperando”, disse Thierno Niane, um programador de computador de 60 anos, que veio dos subúrbios de Dacar horas antes para torcer pelo time.

“Ontem à noite eu estava chorando na frente da minha família – minha esposa e meus filhos”, acrescentou.

A música de dança senegalesa ecoou dos alto-falantes sobre a multidão de fãs enquanto a equipe descia do avião para receber as boas-vindas destinadas aos heróis. As estradas ao redor do aeroporto fluíam com uma enxurrada de torcedores que seguia até onde a vista alcançava.

“Estamos muito felizes e orgulhosos de nossos leões”, disse Amina Cisse, que apoia a seleção. “Nossos sonhos se tornaram realidade.”

(Por Bate Felix e Ngouda Dione; Reportagem adicional de Diadie Ba e Edward McAllister)

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