A primeira fase da chamada bilateral Brasil-Alemanha para desenvolver tecnologias destinadas à produção de hidrogênio verde foi lançada, nessa segunda-feira (17), pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) e pela Federação Alemã de Associações de Pesquisa Industrial (AIF). O anúncio foi feito no espaço road show da Confederação Nacional da Indústria (CNI) na Feira de Hannover, na Alemanha. O montante total de financiamento será de aproximadamente R$ 21 milhões.

Interessados já podem enviar propostas pela Plataforma Inovação para a Indústria, na categoria missão industrial. Até dez propostas serão selecionadas envolvendo Pequenas e Médias Empresas (PMEs), startups e organizações de pesquisa e tecnologia nos dois países.

Os projetos selecionados passarão para a fase seguinte, prevista para ser iniciada em julho de 2023, com prazo final em setembro de 2023. As propostas escolhidas terão duração de 12 a 36 meses e deverão começar já no início de 2024. A coordenação será feita pelo Instituto SENAI de Inovação em Tecnologia da Informação e Comunicação (TICs), do SENAI de Pernambuco.

A missão aproximará centros de pesquisa e inovação dos dois países em torno do desafio da transição energética, a partir de projetos que estejam mais alinhados às características e necessidades brasileiras.

“Uma grande oportunidade para o Brasil dado que temos a matriz energética mais limpa do mundo e uma capacidade impressionante de produção de hidrogênio verde para consumo próprio e para distribuição mundial”, avalia o diretor de Inovação e Tecnologia do SENAI, Jefferson Gomes.

Cenário para inovações, soluções e projetos bilaterais

O lançamento da primeira fase da chamada ocorre um mês após a assinatura do acordo bilateral formalizado durante o Encontro Econômico Brasil-Alemanha (EEBA), em Belo Horizonte (MG). O SENAI e a AIF assinam como signatários.

Os projetos serão executados no Brasil e na Alemanha. As aplicações se concentrarão em polos de desenvolvimento tecnológico no Brasil, como o TECH HUB do Porto de Suape (Pernambuco), o Parque SENAI CIMATEC (Bahia) e o Centro Verde de Hidrogênio em Balbina (Amazonas). O objetivo é conectar projetos de transição energética em andamento, para aceleração de rotas tecnológicas e conexão com empresas produtoras e offtakers (consumidores) de hidrogênio verde.

Na avaliação do CEO para Inovação da AIF, Jan-Frederik Kremer, a missão industrial será responsável por uma base perfeita para novas inovações, soluções e projetos bilaterais.

“A missão fortalecerá ainda mais os laços e a amizade entre os ecossistemas de inovação do Brasil e da Alemanha, empresas e instituições. O que constituirá uma base perfeita para novas inovações, soluções e projetos bilaterais”, destaca Kremer.