Cinco senadores republicanos dos Estados Unidos pediram, nesta quarta-feira (13), sancionar a ex-presidente argentina Cristina Kirchner por “atos de corrupção”, em carta enviada ao presidente Joe Biden.

Cristina Fernández de Kirchner “é uma cleptocrata convicta, que roubou bilhões dos cofres do Estado e permitiu a atores malignos, como a China e o Irã, aprofundarem sua influência corrupta em um aliado fundamental dos Estados Unidos, a Argentina”, escreveram.

Na carta, os senadores recomendam que Biden use as ferramentas à sua disposição para impedir o acesso a um visto à vice-presidente Kirchner, assim como a alguns familiares seus, com o objetivo de que “prestem contas por sua participação em atos de corrupção significativa”.

Com 70 anos, Kirchner foi acusada em vários casos de corrupção, que ela considera perseguições políticas e judiciais.

Após ser exonerada de vários deles, em dezembro do ano passado foi condenada a seis anos de prisão, dos quais sua imunidade a protege, e a inabilitação perpétua em um julgamento por fraude e corrupção pela atribuição de contratos públicos em seu reduto político de Santa Cruz (sul), quando esteve no poder. Sua condenação está em processo de apelação.

Em novembro, uma corte de apelação reabriu uma investigação contra ela por lavagem de dinheiro da conhecida como “Rota do dinheiro K”.

Dois meses antes, uma corte reabriu dois processos: uma pelo caso “Hotesur-Los Sauces”, pelo nome de duas empresas da família que, segundo a Promotoria, foram veículos para a lavagem de milhões de dólares supostamente provenientes de fundos públicos e a outra pelo suposto acobertamento dos responsáveis pelo atentado contra a mutual judaica AMIA em Buenos Aires, em 1994.

Estes casos judiciais “ocorreram enquanto a Argentina se via mergulhada na bancarrota e na hiperinflação, sob a Presidência de Fernández de Kirchner, o que permitiu importantes transações financeiras entre o governo da Argentina e China, Rússia e Venezuela”, reforça a carta, assinada por James Risch, Marco Rubio, Rick Scott, Bill Hagerty e John Cornyn.

O texto, datado de 12 de dezembro, cita “acordos nebulosos para contratos de obras públicas que comprometem tanto a segurança dos Estados Unidos quanto da Argentina”.

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