O senador Wellington Fagundes (PR-MT) ainda é dúvida na votação final do processo de impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff, na próxima terça-feira (30). O senador, que é a favor do afastamento definitivo da presidente, foi diagnosticado com uma diverticulite e está hospitalizado em Brasília.

A participação do senador na votação dependerá de exames que serão realizados amanhã, ainda sem previsão de horário. De acordo com a assessoria do parlamentar, o médico responsável, Luiz Augusto de Bianchi, determinará, após avaliação dos exames, se Fagundes poderá ir ao Senado.

Caso o parlamentar fique impedido de comparecer ao plenário da Casa na próxima terça, o senador pode ajudar a presidente afastada. Dilma precisa de 28 votos contra, abstenções ou faltas para barrar o processo e retornar à presidência da República.

Em comunicado oficial, a assessoria informa que a previsão é de que ele permaneça internado, com alimentação controlada, repouso e observação. “O quadro do paciente é estável e ele segue tomando medicação via endovenosa”, diz a nota. O documento afirma ainda que o senador tem divertículos inflamados, mas que estes não chegaram a perfurar, não sendo necessário intervenção cirúrgica.

Essa não é a primeira vez que o senador se ausenta e não vota durante o processo de impeachment. Durante a comissão especial do Senado, Fagundes viajou a Rondonópolis em função do falecimento de um amigo e não votou. Em maio, ele se posicionou a favor da admissibilidade do processo de impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff.

Durante a comissão, seu suplente, Eduardo Amorim (PSC-SE), favorável ao impeachment, também não compareceu à sessão. Na ocasião, sua assessoria informou que, sem saber que Fagundes iria ausentar-se, ele também viajou.