O senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) vai protocolar, na Justiça Federal, uma ação popular solicitando a suspensão do edital para aquisição do aparelho Pegasus, uma ferramenta de espionagem. As informações são do R7 Planalto.

Vieira justifica que órgãos como o GSI (Gabinete de Segurança Institucional) e a Abin (Agência Brasileira de Informações) não estão nas tratativas, diferentemente de editais semelhantes de outras ocasiões. De acordo com a coluna, o edital causou revolta em servidores da Polícia Federal e da Abin justamente por esses motivos.

O sistema Pegasus é conhecido por ter sido usado para espionagem de jornalistas e críticos ao governo em outros países. “Não se pode comprar um instrumento que tem servido como perseguição política e que não é possível identificar quem acessa, ou quem é alvo de cada ação”, disse o senador.

O líder da Minoria na Câmara, deputado federal Marcelo Freixo (PSOL-RJ), afirmou que solicitou a convocação do filho do presidente da República e vereador pelo Rio de Janeiro, Carlos Bolsonaro (Republicanos), para prestar esclarecimentos à Comissão Mista de Controle das Atividades de Inteligência do Congresso sobre suas supostas intenções de contratar o aparelho espião pelo governo federal.

Fontes afirmam que Carlos Bolsonaro pretendia integrar o dispositivo ao Ministério da Justiça e à Polícia Federal. A licitação é avaliada em R$ 25,4 milhões.

Freixo afirmou que também acionou o Ministério da Justiça para esclarecer as intenções do vereador, que, segundo ele, pretendia “criar uma Abin Agência Brasileira de Inteligência paralela e perseguir adversários do governo e jornalistas”.

* Com informações da Agência Estado.