O Senado italiano votou, nesta quarta-feira (26), a favor de reconhecer como “genocídio” a fome provocada pelas autoridades soviéticas no início da década de 1930 na Ucrânia, que resultou em milhões de mortes.

A resolução foi aprovada por 130 votos a favor. Houve quatro abstenções e nenhum voto contra.

Em fevereiro, um texto similar havia sido aceito pela Comissão de Assuntos Exteriores da Câmara baixa do Parlamento.

O ministro ucraniano das Relações Exteriores, Dmytro Kuleba, agradeceu o gesto na rede social Twitter, agora chamada “X”, com um “grazie mille” (“muito obrigado”, em italiano).

“Essa etapa importante restabelece a justiça histórica, honra milhares de vítimas e alerta às gerações futuras contra o crime de genocídio”, escreveu.

Em 1932 e 1933, cerca de 3,5 milhões de ucranianos morreram no “Holodomor” (que em ucraniano significa “morte por fome”), quando Stalin lançou uma campanha de “coletivização” forçada pela qual apreendeu as colheitas de cereais e outros produtos alimentícios e deixou milhares de pessoas em estado de inanição.

A Ucrânia e inúmeros historiadores consideram esses fatos como um “genocídio”. A Rússia nega que houve intenção de exterminar o povo ucraniano.

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