ROMA, 20 ABR (ANSA) – O Senado da Itália aprovou nesta quinta-feira (20) um decreto-lei do governo da premiê Giorgia Meloni para combater os fluxos migratórios no Mar Mediterrâneo.   

Já em vigor como medida provisória, o texto é uma reação ao naufrágio que matou pelo menos 87 pessoas na costa de Cutro, em fevereiro, e segue agora para a Câmara dos Deputados, que precisa aprová-lo até 10 de maio.   

O decreto recebeu 92 votos a favor no Senado e 64 contra, uma vez que o governo tem maioria confortável no Parlamento.   

“Aprovamos um instrumento fundamental contra os coiotes e a imigração ilegal”, comemorou o subsecretário do Ministério do Interior, Nicola Molteni, em declaração à ANSA.   

O texto inclui restrições ao regime de proteção na Itália para refugiados e solicitantes de refúgio e medidas para combater a imigração irregular, incluindo penas de até 30 anos para os organizadores de viagens clandestinas no Mediterrâneo que resultem em mortes.   

De acordo com o Ministério do Interior, a Itália já recebeu 35,1 mil deslocados internacionais via Mediterrâneo em 2023, um crescimento de cerca de 300% em relação ao mesmo período do ano passado. (ANSA).