Nas redes sociais, Gustavo Tubarão tem compartilhado sua jornada lutando contra condições de saúde mental como depressão, Transtorno de Personalidade Borderline, ansiedade e síndrome do pânico. Depois de lançar o livro “O trem tá feio: como me curei da depressão“, ele conversou com a IstoÉ Gente sobre seu processo de recuperação, a vida na internet e a coragem para se expor.

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Uma publicação compartilhada por Gustavo Tubarão 🦈 (@ogustavotubarao)

À reportagem, o influenciador explicou que, antes de ser sido diagnosticado com as condições, ele já imaginava que tinha “algo relacionado à saúde mental”: “Foi difícil [receber o diagnóstico], porque a gente nunca está 100% preparado para ouvir que precisamos de ajuda e medicamentos.”

“Eu já tentei suicídio, e minha família só soube quando contei isso na internet. Foi a pior sensação que já tive na vida. Mas tinha uma coisa naquele inferno que me tirava a risada, de que sempre gostei, que era fazer vídeos na internet […] Depois que descobri o que realmente fazia sentido na minha vida, não apenas comemorei 1 milhão de seguidores quando estourei no Instagram, como também vi o tanto que cresci e conquistei em todos os anos seguintes, porque eu nunca parei”, revela Gustavo, em seu livro “O trem tá feio”.

Sobre o tratamento, o influenciador conta que notou melhora após acompanhamento profissional, boa alimentação e prática de exercícios físicos. E garante que as redes sociais, onde coleciona mais de 10 milhões de seguidores, não são um problema.

“Sempre tem gente para falar mal. Mas, pra mim, a maioria foi gente falando coisas positivas, agradecendo por compartilhar, contando que também passa por isso. Um ajudando o outro!”, explica.

Exposição e vulnerabilidade

Questionado sobre a coragem para expor sua situação delicada a milhões de fãs, Gustavo garante que reconhece a importância de suas palavras.

“Nós, que temos essa plataforma com tanta gente nos acompanhando, temos de usar toda essa ‘influência’ de um jeito bom, para ajudar quem precisa, e falar de coisas de verdade, não ficar mascarando o que acontece na vida real. Quando descobri e entendi tudo o que estava passando, foi muito normal pra mim contar sobre a minha experiência na internet”, relata.

E completa: “Depois que eu vi o tanto de gente que começou a compartilhar também sobre suas vidas e que eu ter falado sobre isso ajudou, eu entendi que poderia fazer um livro para alcançar mais pessoas que, às vezes, nem me conhecem. E ajudar, ou, pelo menos, abrir esse espaço para mais pessoas falarem sobre também. Se eu ajudar uma pessoa que seja com o meu livro, eu já estou feliz.”