Começa nesta segunda-feira, 2, e vai até o próximo sábado a primeira edição da Semana Mundial do Investidor, campanha global promovida pela Organização Internacional das Comissões de Valores (Iosco). O objetivo do evento é aumentar a conscientização sobre a importância da educação e as ferramentas de proteção dos investidores de pessoa física pelo mundo. No Brasil, a semana será coordenada pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), membro da Iosco, e contará com uma programação especial no jornal O Estado de S. Paulo.

Diariamente, o site de economia do jornal e o instituto Planejar – Associação Brasileira de Planejadores Financeiros – publicarão vídeos nas redes sociais e reportagens especiais com dicas sobre investimentos e planejamento financeiro.

Para o superintendente de Proteção e Orientação aos Investidores da CVM, José Alexandre Vasco, a falta de educação dos investidores pode trazer riscos sistêmicos ao País. “Muita gente nem sabe que existe um órgão regulador ao qual eles podem recorrer”, alerta.

Por outro lado, a volatilidade nos mercados, reflexo deste momento de crise político-econômica, ampliou o interesse do brasileiro sobre o assunto. Segundo Vasco, há neste momento uma grande demanda por educação. “A crise fez o brasileiro rever as suas finanças.”

Básico

Daniel Pfannemüller, coordenador da B3 Educação, observa que o mote de “proteção e educação” do evento “casa com a fase em que parte dos investidores voltam a olhar a renda variável” com mais atenção. Diversas atividades da B3 perpassam por esse tema. Mas, em se tratando de Brasil, a maior parte das discussões durante a semana estará na conscientização sobre a necessidade de poupar.

Diante desse desafio, os debates pretendem se aprofundar sobre as questões que dificultam as pessoas a poupar.

Ana Leoni, superintendente da Anbima (entidade que representa o mercado de capitais), atenta para a importância do autoconhecimento antes de investir. “Quem tem perfil mais despreocupado precisa ter em mente que deve fazer débitos programados, se quiser poupar.”

Uma das atividades da Anbima será o debate sobre esses comportamentos mais comuns na relação com o dinheiro. O mote principal da pesquisa feita pela associação no início do ano foi entender a trajetória das pessoas para depois compreender suas relações com o universo financeiro.

Lavínia Martins, diretora da Planejar, diz que os debates vão trazer uma postura mais ativa na gestão financeira e evitar o “efeito manada” que acontece quando alguém opta por um investimento porque os outros estão falando sobre ele. “Precisam entender cada produto e saber porque estão investindo lá”, afirma. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.