Sem-terra ameaça servidor federal: ‘Encho de bala’

Sem-terra ameaça servidor federal: 'Encho de bala'

O camponês assentado Gilvan Emidio da Silva ameaçou de morte um servidor público federal do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reformas Agrária) dentro da superintendência do órgão em Alagoas. Segundo o instituto, o fato ocorreu no dia 14 de maio deste ano.

No vídeo, em que o Metrópoles teve acesso, Gilvan vai até a sala onde está o servidor que foi alvo e começa as ameaças.

“Tu sabe que me deve, não sabe? Tu sabe que deve à gente, não sabe? Se eu quiser encher tua cara de bala aqui, agora, a gente enche tua cara de bala, viu?”

E completou, ao perceber que estava sendo filmado: “É pra filmar mesmo. Eu não tenho medo não. Se eu for bandido igual a você, eu mato você aqui dentro”.

Após o fato, o Incra afirmou em nota que o servidor, com o apoio da Superintendência, acionou a Polícia Militar, a Polícia Federal e o Ministério Público Federal, apresentando as provas e as testemunhas do ato.

Incra

Em nota oficial, o órgão repudiou as ameaças feitas e prestou solidariedade ao servidor. Veja abaixo:

“A Superintendência do Incra acionou e tem mantido contato permanente com a Advocacia Geral da União (AGU), que já trabalha as medidas judiciais pertinentes contra o agressor.

A Superintendência do Incra, por meio de seu superintendente Júnior Rodrigues, repudia com veemência tal conduta afrontosa e criminosa contra um servidor da autarquia. Esse crime foi contra todos os servidores do Incra, que trabalham pelo bem comum, pela justiça social e pela reforma agrária.

Tais atitudes jamais serão toleradas, pois não se pode admitir que condutas semelhantes sejam tidas como normais.

A partir de todas as medidas já em andamento, o agressor será punido conforme a lei.”

Ameaças recorrentes

O instituto ressaltou que “essa pessoa já é recorrente em atos de perturbação da ordem pública e tem causado prejuízos às atividades do Incra, sempre se utilizando de agressões e ameaças” e que “já sofreu várias intervenções policiais solicitadas pelo Incra”.

Gilvan Emidio da Silva

A ISTOÉ tentou contato com Gilvan Emidio da Silva, mas não obteve sucesso. O espaço segue aberto para esclarecimentos.