A temporada francesa começou neste domingo, no Bloomfield Stadium, em Tel-Aviv, em Israel. O pontapé inicial veio na disputa do Trophée des Champions, a Supercopa da França, com o Lille repetindo a história do Campeonato Francês e levando a melhor sobre o desfalcado Paris Saint-Germain, sem suas estrelas, ao erguer o troféu com vitória por 1 a 0.

Após oito conquistas seguidas da Supercopa da França, soberano entre 2013 e 2020, o Paris Saint-Germain vê o Lille “atrapalhar” a sua vida pela segunda vez seguida. Primeiro ao acabar com a hegemonia no Campeonato Francês ganhando o confronto direto na reta final e agora ao erguer a primeira Supercopa de sua história.

Foi uma enorme festa em Tel-Aviv do time do Lille. O goleiro brasileiro Léo Jardim ficou ajoelhado, agradecendo aos céus, enquanto que os companheiros pulavam, corriam e se abraçavam. Festejaram muito desbancarem o poderoso Paris Saint-Germain mais uma vez, algo que ninguém vinha conseguindo há tempos entre as equipes francesas.

Campeão da Copa da França, o Paris Saint-Germain entrou em campo sem nomes de peso – casos de Neymar, Mbappé, Donnarumma, Sérgio Ramos, Marquinhos, Di María, Paredes e Verratti, ainda de férias, machucado ou voltando para a pré-temporada apenas agora após jogarem Copa América e Eurocopa.

Melhor para o Lille, campeão francês, que soube aproveitar os tantos desfalques do oponente e, mesmo também sem algumas peças importantes, como Renato Sanches, conseguiu o gol da vitória na reta final do segundo tempo. Quem balançou a rede no jogo decisivo foi Xeka. Após cobrança de lateral, ele recebeu passe na entrada da área e mandou um chutaço, indefensável. Golaço, sem chances de defesa para Navas.

Disputado em Tel-Aviv, no Israel, o jogo proporcionou um desafio a mais para o lateral-direito Hakimi, um dos reforços galácticos do Paris Saint-Germain. Muçulmano e apoiador da causa da Palestina declarado, foi vaiado toda vez que pegou na bola na final.

Sem Neymar e Mbappé, o Paris Saint-Germain sofreu para criar chances de gol em um estádio completamente lotado. Foram raros ataques em um primeiro tempo bastante equilibrado. Na fase final, o time de Paris até dominou o passe. Mas a primeira finalização, por exemplo, ocorreu quando restavam somente três minutos para o tempo acabar. O brasileiro Léo Jardim defendeu. Logo depois fez milagre para garantir o 1 a 0 e a festa do Lille.