05/08/2020 - 16:17
A Liga dos Campeões retorna neste fim de semana após cinco meses de interrupção devido à pandemia de coronavírus, que teve como efeito uma mudança na forma de disputa e no regulamento do maior torneio interclubes do mundo.
Na próxima sexta-feira e sábado, os quatro últimos jogos de volta das oitavas-de-final serão disputados de uma forma completamente diferente do previsto no início da competição.
Enquanto os confrontos das quartas de final serão disputados em jogo único em campo neutro em Lisboa (Portugal), de 12 a 23 de agosto, as partidas pendentes das oitavas terão como palco os estádios das equipes mandantes, conforme o agendado desde o início.
Portanto, mantém-se a regra de que, em caso de empate, o gol fora de casa vale o dobro, regra que poderia ter um papel importante na disputa entre Juventus e Lyon na sexta-feira, depois que os franceses venceram por 1 a 0 na França.
A decisão de realizar esses jogos nos estádios inicialmente planejados gerou debate para o encontro entre Barcelona e Napoli, marcado para sábado, já que a Catalunha está atualmente experimentando um aumento significativo nos novos casos da COVID-19.
O presidente do clube italiano, Aurelio De Laurentiis, expressou seu desejo de jogar em Lisboa e não em Barcelona.
Forçados pela crise da saúde, os clubes mandantes das partidas não poderão contar com o apoio de suas torcidas, pois os jogos serão a portas fechadas.
“O Comitê Executivo da Uefa considerou prudente tomar a decisão de disputar as partidas da Uefa a portas fechadas até novo aviso”, afirmou a instituição no início de julho.
Esta medida restritiva foi adotada após algumas acusações de que o encontro pelas oitavas de final entre Valência e Atalanta, no final de fevereiro, acelerou a disseminação do vírus na cidade italiana, uma das mais afetadas pela pandemia no país.
Antes da interrupção da competição, alguns clubes tiveram que entrar em campo pelas oitavas sem a companhia de seus torcedores. Foi o caso do próprio Valencia e do PSG, cujos torcedores se reuniram em torno do estádio Parc des Princes durante o confronto contra o Borussia Dortmund.
É a principal modificação das regras nesta Liga dos Campeões pós-coronavírus.
“Cinco substituições serão autorizadas em todos os jogos restantes da temporada 2019-2020, de acordo com emendas temporárias às Leis do Jogo”, anunciou a Uefa.
Anteriormente, os treinadores só podiam fazer três alterações em um jogo, mais uma quarta na prorrogação. Mas o International Board (IFAB), órgão que estabelece as regras do futebol, autorizou o aumento para cinco em resposta ao acúmulo de jogos na retomada do futebol e para preservar a saúde dos jogadores.
No caso de uma prorrogação, uma sexta substituição pode ser feita.
Além disso, 23 jogadores podem ser relacionados para os confrontos em vez dos 18 anteriores, uma regra que já estava em vigor antes da ação do coronavírus.
As equipes classificadas conseguiram registrar para as quartas jogadores que foram contratados ao longo desta temporada, mas que não foram inscritos no início do torneio continental.
“As equipes serão autorizadas a inscrever três novos jogadores em sua lista A até o final da temporada 2019-2020, desde que esses jogadores já estejam registrados pelo clube no último período de inscrição, ou seja, 3 Fevereiro de 2020”, anunciou a Uefa em junho.
Essa determinação impede que contratações mais recentes, como Timo Werner, que estava no início da Liga dos Campeões no seu antigo time, o RB Leipzig, atue pelo Chelsea, que enfrenta o Bayern de Munique no sábado.
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