O líder Brasil enfrenta nesta terça-feira seu adversário mais difícil até este momento nas Eliminatórias sul-americanas para a Copa do Mundo, o Uruguai, que terá o desfalque de seu astro Luis Suarez infectado pela covid-19, enquanto a Argentina com Messi busca sua identidade contra uma seleção peruana em declínio, pela quarta rodada do torneio classificatório para o Mundial do Catar em 2022.

A série de jogos desta terça segue com os confrontos Equador-Colômbia, Paraguai-Bolívia e Venezuela-Chile.

– Teste de fogo –

O Uruguai, que venceu a Colômbia por 3 a 0 na sexta-feira, vem embalado para oferecer muito trabalho ao líder invicto Brasil (9 pontos), mas que até agora teve confrontos tranquilos com Bolívia, Peru e Venezuela, os três últimos colocados da competição.

Na sexta passada, a seleção brasileira teve dificuldades para vencer em São Paulo por 1 a 0 a fraca Venezuela, que ainda não pontuou.

Sem Neymar, a equipe não mostrou contundência, apesar de ter em campo três estrelas do Campeonato Inglês, Gabriel Jesus (Manchester City), Firmino (Liverpool) e Richarlison (Everton).

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Sem o atacante do PSG, a equipe dirigida por Tite passa a ser um time ‘comum’, também afetado pelas ausências de Casemiro (Real Madrid) e Coutinho (Barcelona).

– Suarez com covid-19 –

Em Montevidéu, no lendário estádio Centenário, os uruguaios esperam oferecer as dificuldades que os visitantes ainda não encontraram nas Eliminatórias.

Em terceiro lugar, ao lado do Equador com seis pontos, a seleção uruguaia terá a volta de Edinson Cavani (Manchester United).

Mas uma notícia ruim foi dada nesta segunda-feira: seu companheiro de ataque, Luis Suárez, testou positivo para covid-19, informou a Associação Uruguaia de Futebol (AUF), após conhecer os resultados dos exames realizados em toda a ‘Celeste’.

Na sexta-feira, em Barranquilla, o time dirigido por Oscar Tabárez infligiu nos colombianos a pior derrota em casa da história das eliminatórias.

O Uruguai espera receber o Brasil com uma equipe sólida que não se incomoda mais com a posse de bola e com jogadores jovens que garantem uma boa substituição, como os meias Rodrigo Bentancur (Juventus) e Nicolás De la Cruz (River Plate) e o atacante Darwin Núñez (Benfica), autor do terceiro gol contra a Colômbia.

– Busca de um rumo –

Qual será a Argentina que irá entrar em campo nesta terça contra o Peru? O time “sem cara” que ficou no empate por 1 a 1 com o Paraguai na quinta-feira passada ou que conquistou uma sólida vitória contra a Bolívia na segundo encontro? O técnico Lionel Scaloni terá um bom teste para definir a personalidade da seleção argentina, que ainda depende muito do humor de Lionel Messi.

Scaloni conta com jogadores jovens que juntos podem acabar com ‘dependência de Messi’. Leandro Paredes (PSG), Giovani Lo Celso (Tottenham Hotspur) ou Lucas Ocampos (Sevilla) conseguem atuar ao lado do craque do Barcelona e tirar dele a necessidade de resolver tudo.

Messi parece mais confortável agora na seleção e mais focado, sem a pressão dos 27 anos em que a Argentina não conquista títulos, incluindo as quatro finais perdidas (Copa do Mundo de 2014 e as Copas América de 2007, 2015 e 2016) nas quais participou.


– Mudar logo –

A vitória fora de casa sobre a Bolívia por 3 a 2, deu ao Equador grande confiança para receber em Quito uma Colômbia em crise, após perder para os uruguaios.

Depois de uma derrota apertada para a Argentina por 1 a 0 na estreia, os equatorianos se recuperaram e superaram o Uruguai por 4 a 2 em casa.

A equipe equatoriana comandada pelo argentino Gustavo Alfaro é a terceira com seis pontos ao lado do Uruguai e, embora o caminho até a conquista da vaga para o Catar seja longo, já se apresenta como uma das candidatas a representar o continente em 2022.

A Colômbia, outra forte postulante à vaga na próxima Copados, terá que se reorganizar se quiser se livrar de um desconfortável sétimo lugar entre dez equipes.

O treinador da seleção colombiana, o português Carlos Queiroz, tem pouco tempo para recuperar o lesionado James Rodríguez e dar mais agressividade ao ataque formado por Duvan Zapata e Luis Muriel.

– Chile se recupera –

Sem pontuar e no fundo da tabela de classificação ao lado da Bolívia, tudo parece indicar que a Venezuela não conseguirá acabar com a sina de ser a única seleção sul-americana que nunca se classificou para uma Copa do Mundo.

Os venezuelanos estiveram perto de sair de São Paulo com um empate sem gols com o Brasil, mas um erro defensivo permitiu a vitória dos anfitriões por 1 a 0.

Agora, a Venezuela recebe em Caracas o Chile, sexto com quatro pontos, que voltou a vencer graças a atuação de Arturo Vidal diante do Peru.

O líder de uma geração que conquistou dois títulos da Copa América (2015 e 2016), os primeiros da história, voltou à sua melhor versão e marcou os dois gols na vitória por 2 a 0 sobre os peruanos.

Se o técnico colombiano Reinaldo Rueda conseguir recuperar a boa forma do atacante Alexis Sánchez, a equipe chilena será uma forte candidata à vaga na Copa do Mundo de 2022, após ficar fora do Mundial na Rússia.


– Paraguai à espera da próxima vítima –

O Paraguai, animado por ter empatado com a Argentina em Buenos Aires (1-1), espera não ter problemas diante da Bolívia.

Nada mudou na tradição guerreira da equipe, embora agora seu técnico, o argentino Eduardo Berizzo, procure dar ao seu time maior posse de bola.

Já os bolivianos desembarcam com três derrotas na bagagem. A Bolívia perdeu os dois jogos em casa na altitude de La Paz (3.600 metros), para Argentina e Equador, e foi goleada pelo Brasil por 5 a 0.

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