A tristeza por não conseguir marcar trouxe lágrimas aos seus olhos no mês passado. Com novo visual e apoiado por toda a Seleção, Richarlison tentará fazer as pazes com o gol no duelo entre Brasil e Venezuela, nesta quinta-feira (12), em Cuiabá, pelas Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo de 2026.

O ‘Pombo’ vem tendo problemas para se consolidar como o camisa ‘9’ da Seleção. Seu choro no banco de reservas após ser substituído na vitória por 5 a 1 sobre a Bolívia, na primeira rodada das Eliminatórias, em setembro, expôs a má fase do atacante.

Desde a Copa do Mundo de 2022, no Catar, na qual foi o artilheiro do Brasil, Richarlison não marca com a ‘Amarelinha’: jã são cinco jogos sem balançar as redes.

A pressão, aliás, é redobrada, pois ele também não vive boa fase em seu clube, o Tottenham, com apenas dois gols em nove jogos nesta temporada.

“Agora eu sei o peso que Ronaldo carregou e que outros grandes jogadores que vestiram essa camisa carregavam. Porque quando se veste a camisa ‘9’, é sinônimo de gol”, disse o atacante em entrevista recente ao portal Olympics.

– Vini Jr. de volta –

Apesar do mau momento, o ‘Pombo’ contou com o apoio do técnico Fernando Diniz, que o escalou como titular nas vitórias sobre Bolívia e Peru (1 a 0, em Lima).

Ao final da primeira rodada dupla, que deixou o Brasil na liderança das Eliminatórias, Richarlison disse que iria buscar ajuda psicológica para lidar com a pressão e alguns problemas extracampo.

Um mês depois, ele está de volta à Seleção e com chances de encerrar o jejum contra a Venezuela, única seleção sul-americana que nunca se classificou para uma Copa do Mundo.

Embora tenha melhorado nos últimos anos, a seleção ‘Vinotinto’ parece um adversário favorável para o carismático atacante voltar a sorrir, ainda mais após o retorno de Vinícius Júnior, que ficou fora dos jogos de setembro por lesão.

A Venezuela, comandada pelo técnico argentino Fernando Batista, ocupa a quinta colocação das Eliminatórias com três pontos, depois de perder por 1 a 0 para a Colômbia, em Barranquilla, e vencer o Paraguai pelo mesmo placar em Maturín.

“Vamos trabalhar bastante durante a semana para chegar na quinta-feira e, com fé em Deus, se tiver oportunidade, estar brocando!”, disse Richarlison ao chegar em Cuiabá.

– Desfalques na defesa –

As presenças de Neymar, Rodrygo e Vini Jr. no ataque podem compensar mais uma possível oscilação de Richarlison e a ausência do lesionado Raphinha.

A dor de cabeça de Diniz, porém, vem de outro setor: os desfalques na defesa para o duelo na Arena Pantanal, às 21h30 (horário de Brasília).

O Brasil, que depois de encarar a Venezuela visita o Uruguai (4º) no dia 17, em Montevidéu, perdeu os dois laterais-esquerdos (Renan Lodi e Caio Henrique) e o lateral-direito Vanderson, reserva de Danilo, por lesão.

Guilherme Arana (Atlético-MG) será o substituto de Lodi, conforme observado no treino de terça-feira, em uma defesa que deve apoiar o típico jogo ofensivo de Diniz, mas também terá que ficar de olho nos atacantes Salomón Rondón e Josef Martínez, os homens mais perigosos do time venezuelano.

Principalmente Rondón, que está em alta depois de ter marcado quatro gols nos últimos cinco jogos, entre seu clube, o River Plate da Argentina, e a seleção da Venezuela.

— Prováveis escalações:

Brasil: Ederson – Danilo, Marquinhos, Gabriel Magalhães, Guilherme Arana – Bruno Guimarães, Casemiro – Rodrygo, Neymar, Vinícius Júnior – Richarlison. Técnico: Fernando Diniz.

Venezuela: Rafael Romo – Alexander González, Wilker Ángel, Yordan Osorio, Miguel Navarro – Jefferson Savarino, José Martínez, Tomás Rincón, Yangel Herrera, Darwin Machís – Salomón Rondón. Técnico: Fernando Batista.

Árbitro: Kevin Ortega (PER)

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