Contratado em janeiro deste ano como técnico da seleção do Equador, o holandês Jordi Cruyff, filho de Johan Cruyff, anunciou nesta quinta-feira, em conjunto com a Federação Equatoriana de Futebol (FEF, na sigla em espanhol), que deixou o cargo após o rompimento do contrato que tinha assinado até julho de 2022. E não fez a sua estreia, já que a rodada de março das Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo de 2022 foi adiada por conta da pandemia do novo coronavírus.

Em comunicado emitido nas redes sociais e em seu site oficial, a FEF informou que já está procurando um substituto à altura para o cargo. As duas partes chegaram a um acordo para que a quebra do vínculo acontecesse sem qualquer pagamento de dinheiro adicional e revelou que o Cruyff recebeu apenas o valor correspondente a entre um mês e meio e dois meses de trabalho. Dessa forma, ele e toda a comissão técnica abriram mão de mais de cinco meses de salário.

Contratado para um ambicioso projeto para a seleção equatoriana, o treinador não comandou um treinamento sequer, viajou para a Espanha em março para ficar com a família e deveria retornar ao Equador na última quinta-feira.

A crise institucional que abalou a federação devido a uma moção de censura que depôs o presidente Francisco Egas, em uma decisão não reconhecida pela Fifa ou pela Conmebol, e os efeitos econômicos causados pela pandemia levaram o treinador a pedir alguns dias para decidir o seu futuro, que culminou nesta quinta-feira com a sua saída.