Após Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como “Careca do INSS”, faltar ao depoimento, a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS deve apostar na convocação da esposa e do filho do empresário. Os requerimentos foram protocolados nesta segunda-feira, 15, e devem ser apreciados ainda nesta semana.
No pedido, o deputado federal Duarte Jr (PSB-MA), vice-presidente da comissão, afirma que Tânia Carvalho e Romeu Antunes são apontados como suspeitos em sucessivas transações suspeitas sobre um imóvel comprado por R$ 3,3 milhões em dinheiro vivo em uma área nobre de Brasília. Há ainda o pedido de quebras do sigilo bancário e fiscal de Tânia.
Antônio Antunes é apontado como o principal operador do esquema que desviou cerca de R$ 6,3 bilhões de aposentados e pensionistas do INSS. O empresário foi preso na última sexta-feira, 12, na Operação Sem Desconto, deflagrada pela Polícia Federal. Além dele, o empresário Maurício Camisotti também foi detido. Entre os alvos da ação estava o advogado Nelson Willians, que teve bens apreendidos pela PF.
Nesta segunda, o “Careca do INSS” deveria comparecer à comissão para prestar depoimento. Ele chegou a confirmar a presença no domingo, 14, mas recuou horas antes da oitiva. O empresário conseguiu o aval do ministro André Mendonça, do Supremo Tribunal Federal (STF), para comparecer apenas se quisesse ao colegiado.
Internamente, há a expectativa que os depoimentos coloquem o “Careca do INSS” na mira definitiva da comissão. Com isso, deputados e senadores estudam a possibilidade de pressionar Mendonça a aderir a convocação do empresário nas próximas sessões.
Ainda não há data para que a esposa e o filho de Antunes sejam ouvidos. Nesta quinta-feira, 18, está previsto o depoimento de Maurício Camisotti, apontado como o número 2 no esquema criminoso.