A Porto Seguro registrou um lucro líquido, sem bussiness combination, de R$ 299,6 milhões no primeiro trimestre deste ano, resultado 7,8% superior ao apresentado no mesmo período do ano passado. Com bussiness combination – que leva em conta o valor de todo o intangível (marca, canal de distribuição) da parceria com o Itaú Unibanco -, o lucro líquido também cresceu 7,8%, somando R$ 297,7 milhões.
“No primeiro trimestre de 2019, a Porto Seguro ampliou o lucro mesmo diante de um trimestre mais desafiador. A empresa apresentou redução das despesas administrativas e um retorno sobre as aplicações financeiras superior ao benchmark. Por outro lado, houve redução do resultado operacional, decorrente principalmente do aumento da sinistralidade no período”, destacou a empresa.
O resultado operacional de seguros recuou 30,1%, para R$ 172,9 milhões, enquanto o desempenho operacional de outros negócios avançou 85,1%, para R$ 104,2 milhões. O resultado financeiro consolidado somou R$ 271,1 milhões, cifra 15% superior. A empresa apontou que o resultado financeiro foi impulsionado pelo desempenho das alocações em títulos com juros indexados à inflação e pré-fixados, seguido por ativos de renda variável.
O índice combinado de seguros aumentou 2 pontos porcentuais, para 95,2%, “decorrente da piora da sinistralidade no seguro de automóvel (+4,9 p.p.)”. Segundo a empresa, esse aumento reflete o efeito das chuvas que elevou a incidência de enchentes, sobretudo na cidade de São Paulo e, em menor intensidade, na cidade do Rio de Janeiro, e da elevação das despesas com perdas parciais.
Por outro lado, a empresa informa que o efeito negativo no índice combinado foi compensado, parcialmente, “pela redução do índice de D.A. e pela menor sinistralidade nos segmentos de Saúde e Vida”. “Mesmo com esse aumento no primeiro trimestre de 2019, o índice combinado permaneceu 2,3 p.p. abaixo da média dos primeiros trimestres dos últimos cinco anos”, destacou a empresa.
A sinistralidade total no primeiro trimestre ficou em 54,1%, registrando um avanço de 1,9 ponto porcentual na comparação anual. O retorno medido pelo ROAE, sem bussiness combination, atingiu 17,6%, porcentual 1,7 ponto porcentual acima do registrado no mesmo período do ano passado.
Receita
A Porto Seguro registrou uma receita total de R$ 4,4 bilhões no primeiro trimestre deste ano, representando uma retração de 0,2% sobre o mesmo intervalo do ano passado. Os prêmio auferidos somaram R$ 3,7 bilhões no primeiro trimestre, um avanço de 0,1% na comparação anual.
“Os prêmios de seguros ficaram estáveis no trimestre (vs. 1T18). Os produtos de Saúde, Riscos Financeiros, VGBL e Uruguai apresentaram um maior desempenho, com crescimento acima de 10%. No seguro Auto, houve expansão de 6% na frota, representando um aumento de 300 mil veículos segurados”, destacou a empresa.
Por outro lado, afirmou a companhia, os ajustes na precificação realizados a partir do segundo semestre de 2018, para refletir a queda das frequências de sinistros, impactaram a evolução dos prêmios (-2%) no período. No segmento patrimonial, o baixo crescimento (+2%) foi consequência da redução nas vendas no canal bancário e do ambiente mais competitivo no Seguro Empresarial.
A evolução dos principais produtos no trimestre na comparação anual – considerando prêmios auferidos de seguros e captação bruta de previdência – foi de 11,6% em saúde e odonto; 7% em pessoas; e 1,9% em patrimonial. No entanto, houve recuo de 3,3% em previdência e queda de 1,8% em auto. Os prêmios de seguro foram distribuídos em 63,6% para auto; 10,6% em patrimonial; 10,6% em outros; 9,6% em saúde; e 5,6% em pessoas.
“O índice combinado aumentou 2,0 p.p. no primeiro trimestre, decorrente principalmente do aumento da sinistralidade do seguro de automóvel (+4,9 p.p.), sendo parcialmente compensado pela queda na sinistralidade dos seguros de saúde (-9,1 p.p.) e de vida (-3,9 p.p.) e pela redução no índice de despesas administrativas em 0,8 p.p. (vs. 1T18)”, destacou a empresa.
Despesas
Em relação às despesas, a Porto Seguro destaca que as administrativas recuaram 4% no trimestre, em razão do aumento da produtividade, enquanto os prêmios ganhos aumentaram 2%. Dessa forma, o índice de despesas administrativas recuou 0,8 p.p. na comparação anual. Já as outras despesas operacionais aumentaram 5% no primeiro trimestre, com o índice permanecendo praticamente estável (+0,1 p.p.) em relação ao primeiro trimestre do ano passado.