Fred e Fluminense convocaram entrevista coletiva para as 17h30 desta quinta-feira, no Salão Nobre da sede em Laranjeiras, para falarem com a imprensa sobre a saída do ídolo para o Atlético-MG. Após duas horas e meia de espera dos jornalistas, porém, só o presidente Peter Siemsen apareceu, visivelmente constrangido.

De acordo com ele, Fred e Atlético-MG ainda não acertaram todas as bases do contrato e, por isso, o atacante não apareceu para falar com a imprensa. Na noite de quarta-feira, o presidente atleticano, Daniel Nepomuceno, anunciou no Twitter que Fred estava contratado e seria apresentado no domingo, no clássico contra o Cruzeiro. O próprio Atlético depois informou que ele assinaria por dois anos e meio.

“Não é possível marcar uma hora e atrasar assim. Vim falar em respeito a vocês (jornalistas). O atraso se deu porque os representantes do atleta e do Atlético-MG ainda não conseguiram resolver todos os detalhes entre eles”, disse Siemsen.

De acordo com ele, o Fluminense já acertou sua parte com o Atlético-MG e o entrave envolve apenas o clube mineiro e o jogador. “É difícil dar opinião sobre algo que eu não tenho envolvimento. Não sei sobre a situação do Atlético-MG com o atleta. O Fluminense fez o acordo e não houve dificuldades. Se amanhã isso não andar para frente, será uma situação que teremos de administrar. Eles estão reunidos e acredito que não haverá problema”, explicou.

O dirigente disse que Fred segue como “maior ídolo contemporâneo” do Fluminense, mas lembrou que “a vida é feita de ciclos”. “A esposa está grávida, a família é de Belo Horizonte, é mais um desafio perto do fim da carreira. É bastante justificável o interesse em atuar em uma equipe de sua cidade”, acrescentou Siemsen. Fred é de Teófilo Otoni (MG), mas cresceu nas categorias de base do América-MG, em Belo Horizonte.