Seleção vai usar Plano A contra a Bélgica, mas treinou alternativas para mudar

Patrik STOLLARZ / AFP
Foto: Patrik STOLLARZ / AFP
Seleção vai usar Plano A contra a Bélgica, mas treinou alternativas para mudar

Tite espera jogo “duríssimo” e prepara planos alternativos

O Brasil vai manter o esquema 4-1-4-1 para começar a partida contra a Bélgica, nesta sexta-feira em Kazan, Rússia, pelas quartas de final da Copa do Mundo. Apesar de enfrentar o melhor ataque da competição até agora (12 gols) e o segundo artilheiro, Lukaku com quatro tentos, a seleção brasileira vai tentar se impor com o plano de jogo original. Fernandinho será o cabeça de área que vai proteger a zaga, com ajuda de Paulinho, Philippe Coutinho, Neymar e William.

Mas se não der certo, como aconteceu na primeira etapa do jogo contra o México, a estratégia será mudar para o Plano B (4-4-2). No geral, o desempenho que a comissão técnica quer do time é este: “Equilibrado, fazendo o nosso padrão de jogo com a bola. Sem bola, cumprindo as funções defensivas. Assim estaremos fazendo um grande jogo”, disse o assistente técnico Cleber Xavier. “Quanto melhor o adversário, pior o enfrentamento”, lembrou.

Na entrevista coletiva oficial, Tite disse que espera “um grande jogo”, forma enviesada de definir um confronto considerado “duríssimo”, como qualificou Xavier. Encarar uma seleção forte, com a equipe belga, não traz muitos motivos para ser considerada boa porque ela deixaria o Brasil jogar também. Este será o maior desafio do sistema defensivo do Brasil, não importando os elogios que o atacante Lukaku fez na coletiva de imprensa desta quinta-feira. “Enfrentaremos o melhor time do torneio”, falou em meio a outros elogios.

Mais uma vez, Tite e seus homens não terão todos os jogadores do elenco à disposição. Casemiro está suspenso. Danilo se lesionou outra vez. Douglas Costa volta a ser considerado opção para um trabalho mais forte nos lados do campo. Roberto Firmino será opção na frente. E o zagueiro Marquinhos passou a ser o possível substituto de Fernandinho ou mesmo parceiro dele na frente da zaga se o jogo pedir mais um volante de contenção. Além disso, o zagueiro do PSG pode atuar também na lateral direita, como reserva de Fágner.

Xavier explica que o desenho de jogo é sempre o mesmo na seleção. Se algo der errado, começam as mudanças. “4-1-4-1 é o nosso desenho que ajustamos conforme o adversário ou o que o jogo fala. 4-4-2 foi o plano B. Sempre temos um Plano B, mas só usamos quando não conseguimos impor o nosso jogo, mesmo tentando ajustar”, explicou.